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Chama a atenção o nível baixo da barragem do Rio São Bento (VÍDEO)

Com 4,16 metros abaixo do vertedouro, barragem ainda opera dentro da normalidade, mas não é descartado racionamento se continuar a estiagem na região

Por Heitor Araujo Siderópolis - SC, 25/05/2020 - 11:33 Atualizado em 25/05/2020 - 19:03
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / 4oito

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Chamou a atenção a baixa visual do nível da barragem do Rio São Bento, em Siderópolis. Com a pequena incidência de chuvas no Sul catarinense, a região permanece em sinal de alerta para a estiagem. A barragem está 4,16 metros abaixo do nível de vertimento, situação ainda considerada normal pela Casan. No entanto, o pedido da regional Sul/serra é pelo consumo consciente da água: se confirmada a previsão de poucas chuvas, não está descartada a possibilidade de um futuro racionamento.

O superindentente Sul Serra da Casan, Gilberto Benedet Júnior, falou à Rádio Som Maior sobre a situação na barragem do Rio São Bento. Lembrou da crise hídrica de 2012, quando a barragem chegou a estar 7,20 metros abaixo do vertedouro, que é onde forma a cascata de água quando o volume está mais alto. Segundo Gilberto, a barragem pode operar dentro da normalidade até 14 metros abaixo do nível de vertedouro.

"Ainda é uma situação normal (a atual) para a operação, apesar do baixo volume de chuvas prejudicar bastante o reabastecimento da barragem. Há necessidade de se pensar que mais a frente pode haver racionamento. Hoje o nível é normal, mas as previsões de chuva não são animadoras. Esse fim de semana era para ter chovido mais constante, mas a chuva migrou para outros estados e não ficou aqui", lamentou o superintendente.

A região convive com o fantasma da estiagem desde a metade do ano passado. Em outubro, o nível da barragem chegou a estar 5,85 metros abaixo do vertedouro, situação que foi tranquilizada em dezembro, quando chegou a 2 metros, considerado o ideal. Com a perspectiva desanimadora de poucas chuvas, Gilberto reforçou a necessidade de uso consciente da água para evitar problemas futuros.

"Mudar hábitos no dia a dia, banhos menos demorados e fechar a torneira para escovar os dentes e lavar a louça". É necessário ter um uso mais racional da água, evitar gastos para não precisar fazer racionamento na região. A gente ainda tem previsões otimistas de abastecimento da região, porque o volume de reservação da barragem é bem significativo", disse.

A barragem do Rio São Bento abastece cinco municípios da Amrec e um da Amesc: Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza, Içara, Siderópolis e Maracajá. Com a seca, Cocal do Sul - cujo principal reservatório da cidade, a Linha Tigre, operava com 10% da capacidade no fim de abril - solicitou puxar água da barragem. 

"Foi sugerido a operação com caminhão pipa, porque não tínhamos rede suficiente para mandar água para a cidade. Agora conseguimos redes de sete litros por segundo, considerando um alívio para um município de pequeno porte. A água vai até lá através de uma adutora que passa por Morro da Fumaça", explicou Gilberto. 

De acordo com o climatologista Márcio Sônego, a chuva continua escassa nos próximos dias: a previsão para a semana é de tempo seco, com possibilidade de precipitação apenas para a próxima segunda-feira.
 

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