"Em nível federal não há a menor possibilidade de aumento de impostos". A garantia é do secretário de Política Econômica da Secretaria Especial da Fazenda do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. "É diminuir gasto público, chega de aumento de impostos", garantiu. Sachsida está a caminho de Criciúma onde apresenta a palestra "Impactos Econômicos do novo FGTS" às 20h, no Auditório Ruy Hülse. O evento faz parte da programação de 20 anos do curso de Ciências Econômicas da Unesc.
"Infelizmente existem dois problemas claros no cenário externo, a questão da Argentina inspira cuidados, existe uma briga comercial entre China e Estados Unidos que também tem que nos deixar atentos. No mercado europeu alguns países não estão apresentando o crescimento esperado. De maneira geral o cenário externo não está favorável", apontou, quando questionado sobre as influências do mercado externo no momento econômico brasileiro.
Sachsida aposta em crescimento a partir de setembro. "A partir de setembro teremos sinais mais claros de crescimento. Agosto chegamos ao fim de um período turbulento, de oscilações, com alguns resultados ruins. A partir de setembro vamos ter uma situação mais consolidada", afirmou.
Preocupação com empregos
A inflação está sob controle, garante o secretário. "A inflação está sob controle, o Banco Central tem feito um trabalho excelente. Agora a nossa preocupação é o emprego mesmo. A população está sofrendo", destacou. "Com a inflação controlada, a aprovação da nova Previdência, mas a próxima agenda é a agenda de empregos", completou Sachsida.
O objetivo agora é assegurar o crescimento na oferta de empregos. "Estamos caminhando de maneira consistente na direção correta. De 2006 a 2016 um conjunto grande de políticas econômicas erradas foram adotadas pelo governo. Estamos corrigindo esse problema passo a passo, e vamos sair dessa situação", comentou. Uma das apostas para fomentar o crescimento é a liberação do FGTS. "O amplo conjunto de medidas adotadas desde janeiro. Em setembro começa o FGTS, serão R$ 40 bilhões entrando na economia até março do próximo ano. Serão 96 milhões de brasileiros beneficiados. Isso é 45% da nossa população", enfatizou.
Uma das preocupações é com o crescimento da produção brasileira. "Temos que olhar a baixa produtividade da economia brasileira e o cenário externo inspira cuidados", concluiu.