Que a China está a caminho de se tornar a maior economia do mundo já há alguns anos é fato. A diferença é que esse caminho a ser trilhado vem sendo cada vez menor e, atualmente, a expectativa é de que até 2028 o país asiático assuma o cargo que hoje é ocupado pelos Estados Unidos.
“Esse deslocamento da hegemonia da liderança chinesa era esperado que acontecesse em 2050, agora passou para menos de oito anos daqui pra frente. Em 1990, a economia dos EUA era 15 vezes maior do que a da China e, agora, o país norte-americano está 1,2% maior somente”, declarou o economista Gustavo Guarnieri.
Um dos fatores que contribuem muito para essa jornada de ascensão chinesa é o crescimento anual. Em um ano como 2020, onde a economia mundial está desacelerando 4,4%, a expectativa é de que a o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça mais 3,5%.
A guerra comercial travada pelos Estados Unidos contra o país asiático, ao que tudo indica, não deve afetar muito a China. “Muitas pesquisas mostram que os EUA tem mais a perder do que ganhar com essa atitude”, reforçou Guarnieri. Além disso, a atuação chinesa durante a pandemia do novo coronavírus vem se provando mais eficiente do que a grande maioria dos outros países do globo.
“Enquanto outros países tiveram incentivos, injeção monetária de forma genérica para muitas áreas, a China pensou: ‘quais empresas estão rodando bem? Varejo e tecnologia. Então vamos focar o dinheiro para essas empresas que não estão rodando bem, como construção civil’. Com isso, o país gastou menos dinheiro e conseguiu crescer muito mais do que os outros países”, reforçou.