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Com a bolsa em 100 mil pontos, é hora de investir no não óbvio

Economista atenta para o movimento do mercado, com necessidade de rebalanceamento da carteira de investimentos

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 14/07/2020 - 15:44 Atualizado em 14/07/2020 - 15:45
Foto: reprodução
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A bolsa de valores brasileira atingiu os 100 mil pontos e, conforme diz a expressão, está “de lado”. Isso se deve a expectativa de taxa de juros do país para o futuro, a qual não é exatamente certa ainda. Com a atual situação do Ibovespa, começa a chegar a hora de investir em empresas cujo crescimento não é tão óbvio.

“A taxa de juros atual é de 2,25%, e a expectativa do mercado financeiro para 2021 é de que chegue a 2%. Porém, o Roberto Campos Neto já comentou que muito provavelmente se a taxa de inflação continuar subindo um pouco, não teremos esse corte de 0,25%, então o juros atual vai dar uma subida e ter uma alta significativa”, ressaltou o economista Gustavo Guarnieri.

O que acontece é que, com a bolsa em 100 mil pontos, uma decisão de cortar 0,25% pode influenciar e muito. O cuidado de investimentos agora, de acordo com Guarnieri, é em saber em quais empresas atuar.

“Quando o mercado estava em 85 mil pontos, dificilmente algo que você comprasse não subiria depois. Mas há uma frase que gosto de dizer, e às vezes soa um pouco ambígua, que é: o dinheiro está onde não está óbvio. Hoje, de longe, o setor que mais subiu no Ibovespa foi o e-commerce, todo o setor de varejo como a Magazine Luiza aqui e, lá nos EUA, a Amazon. É muito fácil para o investidor comprar a Magazine porque está subindo, isso é óbvio. Porém, há de se olhar para os setores que ainda estão muito descontados e não tiveram reação, como os bancos e estatais. No momento de baixa da bolsa, tudo estava barato e, agora, não param de subir, e as oportunidades ficam naquelas empresas que o mercado não está de olho”, declarou Guarnieri.

Além disso, com a bolsa “de lado” e batendo os 100 mil pontos, é hora também de rebalancear a carteira de investimentos. “Se determinei que aquele setor bancário iria ser 10% da minha carteira e o varejo também, mas o varejo valorizou mais e agora representa 20%, tenho que vender o setor do varejo e ir em outro que caiu, para rebalancear e comprar esse setor”, reforçou.

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