Com a retomada da pavimentação na Serra da Rocinha após as obras de contenção, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vê com otimismo a possibilidade de finalizar o trecho da BR-285, em Timbé do Sul, em março de 2024. O aumento do tráfego decorrente da finalização da obra, no entanto, já faz crescer a pressão por um contorno para evitar a sobrecarga nos trechos urbanos de Turvo e Ermo.
O assunto está na pauta das forças políticas da região e um dos caminhos é federalizar o trecho que passa pelos municípios, hoje estadual, e que segue até a BR-101.
Em entrevista à Rádio Som Maior no programa Adelor Lessa, o superintendente regional do DNIT em Santa Catarina, Alysson Rodrigo de Andrade, disse considerar a federalização viável, desde que haja contrapartidas por parte do Governo do Estado.
Federalizações são "factíveis"
“Estive há uma semana em Brasília conversando com o diretor de Planejamento e Pesquisa sobre federalizações, tanto a BR-285 como a BR-163 no Extremo Oeste. Elas são plenamente factíveis, desde que o Estado assuma algum compromisso, que retome projetos estruturantes dentro da Secretaria de Infraestrutura de Estado”, ponderou Andrade.
De acordo com o superintendente do DNIT, o órgão federal tem equipe enxuta para elaborar projetos, mas uma capacidade maior de execução de obras.
“Ontem mesmo (segunda-feira, dia 11), conversei a respeito com o da retomada desses projetos para que a gente não apenas absorva buraco e um passivo de manutenção. Para fazer sentido para o DNIT, nós temos que estruturar essa rodovia com contornos em Ermo e Turvo. Quando a rodovia estiver concluída, nós estimamos um grande aumento de capacidade, especialmente de caminhões, especialmente para o porto de Imbituba e toda a BR-101”, projetou.
Na avaliação de Alysson Rodrigo de Andrade, a representatividade política da região é capaz de sensibilizar o Governo do Estado para a elaboração do projeto necessário para posterior federalização.
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