A região central de Criciúma não sofre mais com enchentes. Nesta época do ano, em outros tempos, os temporais de fim de tarde eram garantia de alagamentos na cidade. A condição é possível devido ao Canal Auxiliar do Rio Criciúma, que atualmente tem obras em sua segunda etapa. Para manter o escoamento da água de maneira adequada, a Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana realiza a limpeza, de acordo com as necessidades, que variam conforme os índices de chuva e a quantidade de lixo depositado no canal.
“Nós realizamos a limpeza da parte que já foi entregue, a parte que ainda não foi entregue é de responsabilidade da empresa. Em alguns trechos fizemos a retirada manual dos dejetos e em outros utilizando o equipamento bobcat. Esse material é destinado, como ainda tem alguns dejetos de esgoto, então é levado para o local adequado”, afirmou a secretária Kátia Smielevski. Nos trechos com obra é comum a tonalidade escura da água.
Com chuvas, obra atrasada
A expectativa era de que o lote 2 do Canal Auxiliar fosse entregue ainda em 2018, algo que não foi possível por conta das chuvas prolongadas, que dificultaram a continuidade da obra. O contrato com a empresa prestadora do serviço vence em dois meses, mas a secretária garante que a construção será concluída neste período.
As obras do lote 2 iniciaram em agosto de 2017 na Rua Ângelo Peruchi, no Bairro Santa Bárbara, atravessando a Avenida Centenário em direção à Rua Wenceslau Braz, no Bairro Operária Nova, via que segue interrompida ao tráfego. Houve a demolição de uma ponte e a ampliação de oito para 13 metros, bem como a colocação de aduelas, a exemplo do que foi feito na ponte da Rua Araranguá. O trecho foi orçado em R$ 5,8 milhões com recursos do Ministério das Cidades mais R$ 5,4 milhões em emendas.
Já existe o projeto de estender o Canal Auxiliar para outras regiões do município. “Na região central não existe perigo de alagamento. Claro, tem alguns pontos no município, como na Vila Zuleima e na Quarta Linha, que pode acontecer alagamentos. O sistema de esgoto deve ser ampliado, nós temos projetos, mas sem previsão de obras”, afirmou. “Na região central a conscientização é boa, já nas periferias temos alguns problemas, às vezes são encontrados sofás ou camas jogados no canal”, conta a secretária Kátia.
A primeira etapa do canal, inaugurada no começo de 2012, estende-se da Praça Nereu Ramos até a Rua Vitório Serafim, onde iniciou a segunda etapa atravessando a Rua Araranguá em direção ao ponto onde hoje a obra se encontra.