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Com conquistas do Brasil nas Olimpíadas, skate e surfe da região devem voar ainda mais alto

País voltou com quatro medalhas nas duas modalidades estreantes dos jogos

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 08/08/2021 - 16:08 Atualizado em 08/08/2021 - 17:53
Antes de ir a Tóquio buscar a medalha de prata, Pedro Barros fez escala em Criciúma. Fotos: Divulgação
Antes de ir a Tóquio buscar a medalha de prata, Pedro Barros fez escala em Criciúma. Fotos: Divulgação

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A Fadinha Rayssa Leal não tem asas, mas voa. O manezinho Pedro Barros, com seus cabelos descoloridos, é o “Super Saiyajin” do skate. Kelvin Hoefler não vai para os “rolês” com a turma, mas é outra fera sobre as quatro rodinhas. O Potiguar, Ítalo Ferreira também voa alto, e faz isso na água.

O que eles têm em comum, além de serem brasileiros e esportistas? Todos estrearam em Olimpíadas e o melhor: com medalha. 

Eles fazem parte de dois esportes que foram aos jogos pela primeira vez neste ano, em Tóquio: Ítalo, ouro no surfe. Rayssa, Kelvin e Pedro, todos com a prata no peito .

Já difundidos no Brasil, os dois esportes devem voar ainda mais alto, como estes quatro medalhistas. “Nos últimos anos quando o skate passou a ser esporte olímpico houve um aumento da exposição do esporte nas mídias em geral. Diante disso, despertou não somente as crianças, mas também de jovens e adultos o interesse em praticar ou voltar a andar de skate.

Com certeza, com as Olimpíadas, sendo o maior evento esportivo mundial, o skate e o surfe chegaram em um outro patamar de investimentos, seja estes da própria indústria, mas também interesse de grandes marcas de outros segmentos, bem como do poder público”, comenta o empresário, Sandro Zanatta Trichez.

Zanatta acredita que estas conquistas, aliadas às novas pistas a serem inauguradas pelo país, incentivam as pessoas a praticarem ainda mais os dois esportes.

Kelvin Hoefler e a primeira medalha brasileira da história do skate olímpico

Quebra de paradigmas

As Olimpíadas vieram para fortalecer e quebrar paradigmas da sociedade, aponta o empresário, “Além disso, desperta a atenção de gestores públicos da importância e da mudança de comportamento de crianças, jovens e adultos na escolha dos esportes a serem praticados. Temos muito a crescer no que se diz respeito a quantidade de pistas e locais apropriados para a prática e com isso vamos crescer ainda mais o número de praticantes”, cita.

A procura pelo skate, por exemplo, diz Zanatta, é de pessoas de todas as idades, porém a maioria é por parte das crianças, incentivadas pelos pais. 

Antes de conquistar o mundo, a Fadinha fez as suas manobras em Criciúma

O que contribui com isso também é o avanço das redes sociais. “Hoje podemos acompanhar o que os skatistas profissionais estão fazendo, desde seu comportamento até tutoriais de manobras, uma grande diferença de poucos anos atrás. Essa geração de crianças por um lado se abastece de informação e com certeza já vem muito mais conectada, passou a ser estimulada a desconectar e praticar esportes. Neste período de pandemia, estes esportes tiveram um crescimento não só no Brasil, mas em todo mundo porque são individuais, você não precisa de outras pessoas para praticar como um esporte coletivo”, diz.

O medalhista de ouro do surfe, Ítalo Ferreira

Uma pista em Criciúma. Uma história forte no skate

Criciúma inaugurou uma pista de skate em 2020. Localizada no Parque Centenário Altair Guidi, ela está sempre cheia de praticantes e, inclusive, já recebeu grandes nomes do esporte, como os medalhistas olímpicos Pedro Barros e Rayssa Leal, que competiram no STU International. “Quanto mais locais apropriados para a prática do skate, mais adeptos começarão a andar de skate. Criciúma e região têm uma história forte e importante com o skate brasileiro. Mesmo com a falta de uma pista, os skatistas se organizavam e construíam locais para a prática, sejam estes públicos ou privados, mas com uma pista dessa dimensão construída em um parque muito bem estruturado, com segurança e padrões de obstáculos similares aos que você encontra nas principais capitais do mundo, estimula ainda mais a prática do skate”, acrescenta.

Aumento da procura

O presidente da Fundação de Esporte (FME), de Criciúma, Neto Ugioni, também destaca o aumento da procura de modalidades esportivas na cidade. “A cada jogo ou modalidade que acontecia no dia, automaticamente vinha a procura de informações, principalmente por iniciativa das crianças e o desejo dos pais de inseri-las em alguma atividade física. Várias dessas modalidades já acontecem nos núcleos dos projetos, outras ainda estão em fase de implantação. Acredito que a tendência é retomar essa cultura da prática esportiva, após esse período difícil que atravessamos por conta da pandemia, principalmente a busca pela saúde física e mental. As pessoas têm se conscientizado cada vez mais que o esporte está diretamente ligado à saúde, e só traz benefícios”, cita.

A exposição nas mídias e as histórias de superação dos atletas que defenderam o Brasil em Tóquio, também são ingredientes que motivam os mais jovens, aponta Ugioni. “Criciúma tem valorizado cada vez mais o esporte, ligando a prática à qualidade de vida do cidadão. É nisso que acreditamos e é nessa linha que estamos trabalhando. Vários atletas locais vêm se destacando com forte potencial, ao mesmo tempo criando relações com atletas profissionais de outras regiões que passaram por aqui neste ano. As olimpíadas influenciam e motivam às competições, e pelo que vimos ultimamente, o que a TV mostra acaba emocionando e ajudando aos iniciantes, definirem qual modalidade eles mais se identificam, surgindo assim a procura na FME por nossos projetos dentro do programa +Esporte+Futuro”, pontua.

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