O município de Treviso acumula mais de R$ 6 milhões de dívidas, mas a sua receita mensal é de praticamente um terço do valor. Além disso mais de meio milhão de reais estão bloqueados na justiça devido ao atraso, da gestão passada, no pagamento de INSS e FGTS. Essas são algumas das dificuldades que a nova gestão pública vem enfrentando.
O prefeito eleito, Valério Moretti (MDB), reduziu custos da máquina pública. Dos nove secretários que a cidade possuía, em 2021 passa a ter somente cinco. Único setor que não sofreu redução foi o da saúde. Mas de modo geral, segundo Moretti, toda a Prefeitura foi enxugada.
O caminho que está sendo feito pelo chefe do poder executivo é o de negociações. Reuniões com fornecedores e prestadores de serviço estão sendo feitas, onde descontos e parcelamentos são negociados. Moretti mencionou o caso do consórcio Cirsures, que é responsável pelo recolhimento do lixo e da usina de massa asfáltica. A dívida é de R$ 512 mil e a Prefeitura conseguiu chegar ao acordo para quitar o valor em 10 vezes.
O comprometimento de pagar as parcelas deve ser mantido para que bloqueios não ocorram. O atual prefeito comentou que a dívida com o INSS e FGTS já tinham sido parceladas e reparceladas, mas a gestão passada não realizou o pagamento. E com isso Moretti foi surpreendido em seu primeiro mês de mandato com o bloqueio de R$ 537 milhões.
Além do passivo, o município enfrenta dificuldades na infraestrutura. Segundo Valério, o poder público não possui máquinas ou caminhões funcionando e nem mesmo material para realizar melhorias nas estradas do interior.