O ciclo de redução na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, mantém o comércio catarinense otimista para um aumento nas vendas em 2024. Embora o impacto da queda dos juros no comércio não seja imediato, eventualmente os estímulos chegam ao consumidor.
A avaliação é do economista Pedro Henrique Pontes, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio). O profissional detalhou essa dinâmica durante o programa 60 Minutos, da Rádio Som Maior, em entrevista ao jornalista Arthur Lessa.
Pontes indica que a relação entre a taxa de juros e o desempenho do comércio não é direta e imediata. Ele explica que altas taxas de juros dificultam o acesso ao crédito e, consequentemente, as compras e negócios. A recente tendência de queda nas taxas de juros é vista como um sinal positivo e um estímulo para ajustes de consumo.
“Se acontecer que as taxas de juros aqui no Brasil continuarem baixando, nesse ritmo que nós estamos observado, que é o ritmo que o Copom tem feito, é bem provável que no ano que vem, já no primeiro e no segundo trimestre, a gente possa observar um aumento do consumo, principalmente de produtos e serviços que requerem financiamento”, explicou.
Na última quarta-feira (13), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. A redução ocorreu conforme o esperado pelas instituições financeiras, mas o Copom indicou que pretende manter o ritmo de cortes de 0,5 ponto no início do próximo ano.
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