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Os milhares de trabalhadores no comércio em Criciúma e região terão uma surpresa em seus contracheques em fevereiro e março. Serão descontados R$ 60, em duas parcelas de R$ 30. “É a contribuição negocial, definida em convenção coletiva”, confirma o secretário geral do Sindicato dos Comerciários de Criciúma e Região, Gelson Gonçalves.
O comerciário que não quiser pagar pode pedir a devolução do dinheiro. “Basta que ele venha até o sindicato em no máximo dez dias depois do salário ser pago, daí devolvemos sem problema”, refere Gonçalves. “A contribuição sindical acabou, então essa foi a forma de manter o sindicato funcionado. Sem contribuição não tem sindicato. Se não tivesse, a gente iria fechar”, destaca o sindicalista.
Maioria não paga
Gonçalves lembra que, em 2017, o Governo Federal arrecadou mais de R$ 2 bilhões em impostos sindicais. “E abriu mão disso desde o ano passado. Esse é o primeiro ano da contribuição negocial”, lembra. Mas a contribuição sindical ainda existe, desde que o trabalhador queira pagar. “É irrisório, 99% não paga”, destaca. Em março o sindicato começa as negociações com os patronais sobre o próximo dissídio da categoria. “Esperamos conseguir o INPC, de uns 3,5%, mais o ganho real”, conclui.
