O comércio catarinense está há um ano e meio registrando números positivos e consolida-se como um dos melhores resultados do país. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada esta semana pelo IBGE, o comércio varejista restrito – que não leva em consideração a venda de veículos, autopeças e material de construção- teve alta de 5% no volume de vendas e de 6,6% na receita no mês de abril de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a março registrou alta de 0,3% no volume e de 0,6% na receita.
No acumulado de 12 meses, o volume cresceu 12,7% e a receita 11,7%. No comércio varejista ampliado, que inclui material de construção e veículos, registrou variação positiva de 15,9% para o volume de vendas e a receita.
De acordo com o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, apesar de o setor ter registrado uma leve desaceleração na comparação com abril de 2017 e no acumulado do ano, o Estado já acumula 18 altas consecutivas e a tendência agora é de estabilidade no volume de vendas.
"A retomada do consumo em SC é lenta, mas consistente. A expectativa é que os segmentos mais afetados pela recessão- que dependem do acesso ao crédito, como o de bens duráveis- comecem a recuperar as vendas e os demais atinjam o volume pré-crise. As eleições presidenciais, no entanto, costumam provocar oscilações nos indicadores econômicos", diz Breithaupt.
Entre os segmentos, a maior alta em abril foi no segmento de veículos, motocicletas, autopeças (42,2%) e de material de construção (19,2%), ambos com base negativa em 2017. Com comportamento mais estável, os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos avançaram 11,4%. Por outro lado, tecido, vestuário e calçados (-12,8%) e equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-11,3%) tiveram queda.
O perfil do Estado pesa nos resultados do comércio: a diversificação econômica permite mobilidade de emprego, maior estabilidade na renda e poder de compra bem distribuído entre as regiões. Santa Catarina encerrou o 1º trimestre de 2018 com a taxa de desemprego mais baixa do país (6,5%).