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Comércio e a busca por recuperar o tempo perdido

Abertos há uma semana, comércio de rua se adapta à nova realidade

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 20/04/2020 - 16:33
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito

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Há uma semana o comércio de rua voltou a abrir as postas após proibição por decreto do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), na busca por diminuir o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Não foi uma simples retomada. A rotina dos lojistas agora vão além de apresentar produtos e garantir uma venda. É preciso cumprir uma série de requisitos visando a preservação da saúde de funcionários e clientes. Nas portas, álcool gel ou líquido e máscaras para aqueles que não têm. Dentro de alguns estabelecimentos, movimento, em outros, nem tanto. Mas uma coisa em comum: os cuidados. 

A gerente de uma loja de instrumentos musicais, Renata Barcelos Porto, comemora as vendas da primeira semana de reabertura e projeta o feriado desta terça-feira, 21, quando o comércio seguirá funcionando. “Bastante movimento nesta primeira semana e boa expectativa boa para esta terça-feira”, enfatiza.

Ela lembra ainda das ações realizadas na loja. “Estamos pedindo que os clientes usem máscaras, higienizem as mãos, além de mantermos uma das portas fechada, deixando outras duas abertas e limitando o número de pessoas dentro da loja”, comenta. Outra iniciativa é a higienização dos produtos cada vez que é tocado por alguém. “Esta era uma coisa que já fazíamos. Vimos que a maioria dos clientes está tendo consciência. Muitos pegam os produtos somente mesmo na hora de levar para casa”, completa.

Dividindo em turnos

As óticas e relojoarias tiveram a permissão de funcionamento há duas semanas, mas o proprietário de um empreendimento do setor, Thiago Guzatti, relata que o movimento melhorou nos últimos dias com a reabertura de todo o comércio de rua. “Na semana passada percebemos uma melhora porque o comércio de rua foi autorizado a funcionar. Antes, somente com as óticas e as farmácias, o número de pessoas circulando era pequeno. Hoje, dentro de uma normalidade, que não é mais a mesma de antes, as coisas estão começando a mudar”, cita.

Entre as medidas adotadas por ele para impedir a disseminação do coronavírus, está a decisão de trabalhar em três turnos, reduzindo assim a jornada dos funcionários em 50%. Temos uma equipe grande na loja, então estamos trabalhando com três turnos para não gerar aglomeração de pessoas. O nosso objetivo é não demitir ninguém, vamos fazer o máximo possível para isso. O que fizemos foi reduzir a jornada de trabalho, aproveitando uma das alternativas que o governo propôs. Foi o primeiro ponto que colocamos em prática. Trabalhando, em vez de oito horas, quatro horas diárias”, revela.

A alterativa do Governo Federal citada pelo empresário é a Medida Provisória 936 de 1º de abril de 2020 que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública no país devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Enter os cuidados na loja, Guzatti enfatiza a disponibilização de máscaras e álcool para os clientes já na entrada dos estabelecimento. “Estamos limitando o número de pessoas, prezando pela segurança, oferecendo álcool e máscara para aqueles que não têm. Importante o uso para proteção mútua. Provar as peças está bem limitado, somente mesmo aquelas que é necessário e fiezemos a higienização antes e depois de provar. A cada 20, 30 minutos também passamos um  pano com água sanitária no piso inteiro da loja”, comenta o empresário, acreditando em bom movimento neste feriado de Tiradentes. “Sábado percebi grande movimento. Como ficamos muitos dias fechados aos pouso voltando a ativa”, conclui.

Tentativa de abrir os shoppings

A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Criciúma, Andréa Salvalaggio fala que os primeiros dias foram de maior movimentação. “Havia uma demanda reprimida porque as lojas estavam fechadas, então as pessoas foram comprar os produtos em falta”, diz.

Andréa comenta ainda a importância do comércio permanecer aberto no feriado. “O mais importante é não ter esta quebra, com um dia fechado. Precisamos entender que é um recomeço”, cita. 
Enquanto os empresários do comércio de rua vão tentando voltar à normalidade, aqueles que têm estabelecimentos em shoppings e galerias vivem um drama, já que ainda não foram autorizados a trabalhar. Na quarta-feira, 22, representantes do setor têm encontro com o governador para buscar uma alternativa. “Ninguém está conseguindo acesso com o Governo. Alguns lojistas disseram que nem vão maios abrir e outros vão apenas vender o estoque que têm. Foi tudo colocado em uma vala comum. O que tem de diferente uma galeria, um centro comercial de um supermercado?”, questiona Andréa se referindo às lojas que funcionam em supermercados. 

Tags: coronavírus

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