Entre todos os tipos de relações existentes, a de consumo é uma das mais antigas do mundo, um negócio que existe antes mesmo da invenção do dinheiro. Compra e venda, além de fazerem girar a economia, geram a maioria dos empregos formais do país e movimentam diversos níveis de cadeias produtivas e comerciais.
"Poucos segmentos da economia reagem e se adaptam tão rapidamente às transformações impostas pelo tempo quanto o comércio. No entanto, enfrentar os desafios que o mercado impõe aos empresários diariamente tem sido uma tarefa complexa, pois, acompanhar a evolução tecnológica exige investimento, tempo e inovação, e quem ficar parado, será, sem dúvida, engolido pela concorrência", afirma o CEO do Empresômetro, empresa especialista em inteligência de mercado, Otávio do Amaral.
O Empresômetro possui a mais atualizada base de dados do Brasil sobre as empresas em atividade no país. De acordo com o seu mais recente levantamento, o Brasil possui mais de 4,8 milhões de negócios no setor de comércio varejista. O estudo trouxe informações tão ricas sobre o cenário, que a empresa decidiu transformá-lo em um e-book gratuito.
"A cada novo estudo, capturamos informações relevantes e variadas sobre diferentes setores da economia. Dessa forma, esse levantamento, em especial, tornou-se um e-book que estamos disponibilizando gratuitamente. Assim, ajudamos a fomentar a economia, fazendo com que o empresário tenha um real panorama do seu negócio, da distribuição e localização de seus concorrentes pelo país e da concentração de atividades similares às que realiza", afirma Amaral.
O país em números
Nos últimos cinco anos, o setor varejista no Brasil passou por altos e baixos, mas ainda assim conseguiu se manter aquecido, sendo um dos setores que mais cresceu no período. "Isso se deve muito aos diversos formatos, canais e modelos adotados pelos varejistas, todos com o objetivo de melhorar a experiência de compra", diz Amaral.
Em 2014, foram abertos mais de 200 mil comércios varejistas no país e no ano seguinte, em 2015, esse número chegou a 300 mil. Em 2016 e 2017, o número de novos negócios com essa atividade econômica foi muito parecido: mais de 400 mil em cada ano. Já em 2018, o total ultrapassou 500 mil. Apenas na primeira metade de 2019, o número de empresas abertas voltadas para o varejo já ultrapassava 400 mil.
A região Sudeste possui mais de 2,2 milhões de negócios com atividades voltadas para esse setor. No Nordeste são mais de 1,1 milhão e no Sul esse número é de aproximadamente 800 mil. Na região Centro-Oeste são mais de 400 mil negócios ativos e o Norte do país contabiliza cerca de 300 mil.
O Microempreendedor Individual
Cerca de 2,4 milhões desses negócios pertencem aos microempreendedores individuais. "São pessoas que, em sua maioria, foram trabalhar em atividades com as quais têm mais afinidade e que não exigem utilização de maquinários e nem de aptidões especiais, que é o caso das empresas de vestuário, por exemplo", declara Amaral.
Em termos de porte, cerca de 702 mil dos negócios relacionados à moda são de microempreendedores individuais e aproximadamente 335 mil são pequenas empresas. São aproximadamente 4 mil empresas de médio e de grande porte e mais de 400 microempresas.
Top 5: Ranking do varejo
De acordo com dados levantados pelo Empresômetro, o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, também chamado de varejo de moda, tem a maior fatia de empresas ativas no Brasil, com mais de 1,04 milhão de negócios, o que representa 83,34% do total, ocupando, portanto, o 1º lugar no ranking.
O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância em produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns), está em 2º lugar no ranking, com mais de 489 mil negócios ativos.
O 3º lugar do ranking pertence ao comércio varejista de bebidas, com mais de 224 mil negócios ativos por todo o Brasil, e que apresentou um crescimento de 3,8% no volume de vendas em janeiro de 2019, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Nos últimos 5 anos, o Empresômetro registrou mais de 150 mil novos comércios varejistas de bebidas em nível nacional. Em 2014, o total de novas empresas nesse ramo era pouco mais de 13 mil, mas no ano seguinte, em 2015, esse número passou de 22 mil. Em 2018, no ano passado, foram mais de 29 mil novos negócios com atividade voltadas para o varejo de bebidas e na primeira metade de 2019 esse número já ultrapassava 27 mil.
O comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal está em 4º lugar no ranking, com mais de 200 mil negócios ativos no país todo.
Em 5° lugar no ranking está o comércio de produtos de categorias variadas, agrupados em um mesmo CNAE - Classificação Nacional de Atividade Econômica, que engloba o comércio varejista de produtos não especificados, que vão desde artigos religiosos, molduras e quadros até quinquilharias para uso agrícola.
"Se comparado com o todo, essas empresas, em seus nichos, somam uma generosa fatia de artigos diferenciados que, certamente, têm um mercado específico e um público-alvo e que a seu modo, fazem girar a economia", revela o CEO do Empresômetro.