A formação de preço é um dos grandes desafios enfrentados por profissionais autônomos, e compreender esse processo é crucial para garantir a sustentabilidade e o crescimento do negócio. Este é o tema do Dica de Bolso desta quarta-feira (20), uma realização da Som Maior Comunicação em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com apresentação do jornalista Arthur Lessa.
Entenda seus custos
O primeiro passo na formação de preço é entender completamente os custos envolvidos na prestação do serviço. Isso inclui todos os custos tangíveis, ou seja, aqueles que você pode calcular e quantificar diretamente. Por exemplo, se você está vendendo um bolo, os custos tangíveis incluem os ingredientes (farinha, fermento, chocolate, etc.), o gás utilizado no preparo e o aluguel do espaço de produção. Essa etapa é fundamental para assegurar que o preço de venda cubra os custos e ainda gere lucro.
Avalie sua capacidade produtiva
O segundo ponto é analisar quantos serviços você é capaz de executar em um determinado período. Isso ajudará a determinar o valor do seu tempo. Por exemplo, um barbeiro que realiza entre 80 a 100 serviços por semana tem uma capacidade mensal de aproximadamente 350 serviços. Divida o retorno financeiro desejado pelo número de serviços que você pode oferecer para encontrar o valor base do seu tempo.
Análise de mercado
Com os custos e o valor do seu tempo em mãos, é hora de estudar o mercado. É essencial saber quanto seus concorrentes estão cobrando por serviços similares. Isso não significa que você deva simplesmente igualar ou superar os preços da concorrência, mas entender o posicionamento do seu serviço no mercado. Se o valor que você calculou é muito superior ao praticado, considere o que você oferece para justificar esse preço mais alto. Isso pode ser um diferencial no serviço, uma especialização, uma qualidade superior ou a solução de uma "dor de cabeça" do cliente.
Ofereça valor adicional
Se você identificar que o preço do seu serviço está acima da média de mercado e não quer diminui-lo, pense em como pode aumentar a produtividade ou oferecer serviços adicionais que justifiquem um ticket médio mais alto. A chave aqui é entender o que faz o seu serviço valer mais aos olhos do cliente e como você pode entregar mais valor sem necessariamente reduzir seus preços.
Concluindo, a formação de preço para autônomos vai além da simples comparação com a concorrência. Envolve um entendimento profundo dos custos, do valor do seu tempo, e do mercado em que você atua.
O Dica de Bolso desta quarta enfatiza que oferecer algo único ou aumentar a percepção de valor do seu serviço são estratégias viáveis para se destacar e justificar preços mais altos. Por fim, a gestão inteligente de preços é fundamental não apenas para a saúde financeira do seu negócio, mas também para sua estabilidade pessoal.