Em funcionamento desde novembro do ano passado, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Sul segue recebendo adolescentes infratores. No entanto, os moradores das comunidades de Espigão da Pedra, Morro Albino, São Domingos e Vila Maria ainda não receberam sinalização das medidas compensatórias pela obra.
Diante da situação, um dos ofícios entregues pelo prefeito Clésio Salvaro ao governador de Santa Catarina, durante visita de Carlos Moisés à Criciúma, ontem, “solicita o repasse de recursos através de convênio para a execução da pavimentação da rua Pedro Liberato Pavei, via de acesso às estruturas de segurança do Governo do Estado, incluindo o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Bairro São Domingos”.
Comunidade aguarda
Conforme o vereador Ademir Honoratto, que acompanha os moradores nas reivindicações, a comunidade ainda aguarda um posicionamento do novo Governo do Estado. “Estamos apreensivos e já pedimos uma audiência com o governador para irmos conversar e levar as solicitações. Ainda não tem nada agendado, porque tudo está bem mais burocrático, mas já estamos vendo a possibilidade de marcar”, completa.
As vias de acesso ao Case Sul, segundo o vereador, estão em situação precária, sem placas de indicação e com problemas na iluminação pública e nas próprias estradas. “Até o início de abril deveremos ter uma outra conversa com o Salvaro. Vemos com bons olhos a iniciativa dele, de mandar o ofício ontem, porque quem está devendo para a comunidade é o prefeito”, argumenta.
Dease sem informações
De acordo com o diretor do Departamento de Administração Socioeducativo (Dease) de Santa Catarina, Zeno Augusto Tressoldi, com capacidade para 60 adolescentes, atualmente o Case Sul abriga 35 internos, devendo chegar a 40 nos próximos dias. “A equipe de agentes também está toda montada e a unidade, funcionando normalmente”, acrescenta.
No entanto, para o diretor, a questão das medidas compensatórias é um assunto a ser tratado diretamente com o Governo do Estado. “Não passa pelo Departamento de Administração Socioeducativo”, garante.
A reportagem tentou contato com o secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, mas não obteve sucesso.