Integrantes da Rede de Investidores Anjo de Santa Catarina (RIA/SC), Rafael Rocha e Fábio Ferrari foram os convidados do Conexão Acate e Acic, realizado nessa segunda-feira, 22, na sede da Associação Empresarial de Criciúma. Em pauta, os investimentos em startups.
"Os indicadores mostram que Criciúma está no top 5 na relação entre número de empresas e de habitantes. Ou seja, negócios existem, mas falta maturidade para usar os investimentos para acelerar esses negócios e eles crescerem mais rápido", entende Rocha.
"Aumentar o conhecimento sobre isso é a razão para estarmos aqui. A região tem um potencial gigante, se souber usar as ferramentas que têm à mão", completa Ferrari, que abordou diversos aspectos relacionados aos investidores anjo.
Atualmente, cerca de 50 estão cadastrados na RIA/SC. "São perfis diferentes, para proporcionar oportunidades a startups, em um trabalho conjunto. O investidor anjo geralmente aposta em vários negócios, junta-se a outros investidores e desenvolve um trabalho em conjunto com os empresários", descreve.
Pesquisa da Anjos do Brasil mostra que o valor médio investido no país fica entre R$ 30 mil e R$ 35 mil por empresa. "São apostas pequenas, para se sentir tranquilo com isso", explica Ferrari. "É um investimento de longo prazo, que pode se multiplicar, mas também pode dar errado", aponta Rocha.
Atrativos
Segundo Ferrari, alguns pontos servem de atrativos para os investimentos, como oferecer uma inovação que possa transformar o mercado, ter um modelo escalável de negócios, transparência, governança, uma delimitação clara sobre a formação do capital e a participação dos acionistas, além de observar os processos legais, com a contabilidade em dia e sem pendências judiciais.
"É importante que os empreendedores tenham habilidade para fazer pitch, que consigam apresentar bem seus negócios. Essa aproximação com os investidores é necessária, mas é preciso saber que a captação de investimentos é uma jornada", acrescenta.
A talk foi promovida pela Acic, Núcleo de Base Tecnológica da entidade e Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), com o apoio do Centro de Inovação Regional de Criciúma (CRIO).