Sobre o coronavírus - surto qualificado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - falou-se sobre os impactos na produção, economia, migração e, claro, saúde pública. Agora, a nova mutação do vírus atingiu de vez outra área de atuação: o esporte. Na quarta-feira, 11, dois esportistas "mundiais" foram diagnosticados com o vírus: Daniele Rugani, zagueiro italiano da Juventus de Turim, e o pivô francês Rudy Gobert, do Utah Jazz, equipe de basquetebol de Salt Lake City.
Avrete letto la notizia e per questo ci tengo a tranquillizzare tutti coloro che si stanno preoccupando per me, sto bene.
— Daniele Rugani (@DanieleRugani) March 12, 2020
Invito tutti a rispettare le regole, perché questo virus non fa distinzioni! Facciamolo per noi stessi, per i nostri cari e per chi ci circonda.#grazie pic.twitter.com/1QqewIKjie
Pelo Twitter, o futebolista tranquilizou a todos, afirmando que está bem, mas alertou que o vírus não faz distinção e para as pessoas seguirem as regras. O Campeonato Italiano está paralisado por tempo indeterminado: na tabela, a Juventus é líder com 63 pontos, seguido pela Lazio, com 62, faltando 12 rodadas para o fim. O país é o mais atingido da Europa e o segundo no mundo pelo surto. Todo o território está em quarentena; até quarta-feira, eram mais de 10 mil casos confirmados e mais de 800 mortes.
Ainda no futebol, as partidas entre Valencia e Atalanta e Paris Saint Germain e Borussia Dortmund, em Valencia e Paris, respectivamente, foram com portões fechados, sem torcida. Nos dois casos, torcedores contrariaram as recomendações das autoridades e aglomeraram-se na chegada dos times ao estádio. Após a classificação do Atalanta para as quartas de final, o time de Bérgamo - da região da Lombardia, a mais atingida da Itália - pediu para torcedores não comemorarem o feito inédito.
A Juventus tem confronto marcado pela Liga dos Campeões para a próxima terça-feira, contra o Lyon, em Turim. Portais portugueses noticiam que o atacante Cristiano Ronaldo está na Ilha da Madeira, onde nasceu e se criou, e recusa-se a voltar à Itália em meio ao surto.
Na NBA, dois jogos foram cancelados na quarta-feira, entre Utah Jazz e Oklahoma City e Sacramento Kings e New Orleans Pelicans. Os fatos aconteceram após o pivô Rudy Gobert, do Utah Jazz, testar positivo para o coronavírus. O jogador, no começo desta semana, ironizou os cuidados contra a contaminação em entrevista coletiva, tocando em todos os microfones. O jogo entre Sacramento e Pelicans foi cancelado porque o árbitro escalado trabalhou recentemente em uma partida do Jazz.
Depois do pivô de Utah testar positivo, a maior liga do basquetebol mundial definiu por concluir a rodada em andamento e depois, também por tempo indeterminado, suspender o campeonato. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, que inicialmente desacreditou no potencial de expansão do coronavírus, suspendeu os voos europeus. Pelo Twitter, Trump anunciou que usará todo o poder do governo federal para lidar com o desafio do coronavírus.
I am fully prepared to use the full power of the Federal Government to deal with our current challenge of the CoronaVirus!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) March 11, 2020
Com o vírus espalhando-se pelos países europeus, surge o debate: o que fazer com os campeonatos locais e a Liga dos Campeões? Três casos chamam a atenção: na Espanha, Barcelona e Real Madrid, arquirrivais em questões esportivas, culturais e políticas, estão dois pontos separados na ponta da tabela. Na Itália, um ponto separa a Juventus, atual octa-campeã, da Lazio, que não ganha o título há 20 anos. Na Inglaterra, o Liverpool lidera por 22 pontos de diferença do vice-líder e deve ganhar a liga depois de um jejum histórico de 30 anos.
Se seguir a tendência e os campeonatos nacionais forem suspensos, o que acontece com títulos e rebaixamentos? Mantêm-se as tabelas atuais ou suspende total e a temporada termina sem campeões?