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Coronavírus: como se prevenir e os impactos psicológicos

Médicos e psicóloga debatem sobre os efeitos do coronavírus na sociedade como um todo

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 02/03/2020 - 13:32 Atualizado em 02/03/2020 - 13:33
Foto: Vitor Netto / 4oito
Foto: Vitor Netto / 4oito

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Com a chegada do Coronavírus na América Latina, mais especialmente no Brasil, tem início uma onda de notícias falsas, produzidas por pessoas mal intencionadas ou desinformadas, que tendem a criar um pânico entre a população. A estreia do programa Agora desta segunda-feira, 2, contou com a presença de doutores que, em debate, esclareceram algumas das principais maneiras de se prevenir contra o vírus e o impacto que esse acaba tendo na sociedade.

Na semana passada, um áudio em que uma pessoa afirma a confirmação de um caso do Coronavírus no Hospital São José, de Criciúma viralizou em algumas redes sociais. Logo após o ocorrida, uma nota do próprio hospital surgiu para esclarecer a mentira contada no áudio - mas o pânico já havia se instaurado em algumas pessoas. 

“Estamos vivendo um pânico e realmente não sabemos como vai ser o comportamento do vírus no Brasil, apesar de já sabermos como ele vem se comportando na China e em alguns lugares do mundo”, comentou o diretor técnico do São José, Rafael Elias Farias.

Já a psicóloga Maria Célia Bini destaca que esse medo, causado por muita falta de informação, pode acabar sendo perigoso para muitas pessoas. Além de causar um pânico geral muitas vezes,  o simples estresse casado por esse medo pode acabar resultando em uma falta de produção de hormônios de imunidade, por exemplo, o que torna um indivíduo mais sujeito à contração do vírus.

“Quando se trata de epidemias e pandemias que envolvem muitas pessoas, isso acaba gerando um efeito manada, em que um vai buscar e todos vão atrás. Acaba se criando um medo em cima de outro medo, e esse medo cega e ensurdece as pessoas, que acabam indo na onda”, disse Maria.

Na saúde pública, em Criciúma mais precisamente, trabalha-se muito com a questão da prevenção do vírus, com a produção de folders, cartazes e divulgações que orientem a população como um todo. “É muito mais barato, mais fácil e melhor trabalhar com a prevenção, já que, mesmo que contraído, um diagnóstico precoce também alerta há tratamentos”, destacou o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.

E na questão de prevenção, há uma série de atitudes que podem nos ajudar a prevenir não apenas o Coronavírus mas, também, diversos outros vírus que possuem sintomas gripais. Apesar de parecer tão simples e necessário em qualquer situação, o simples ato de cobrir o rosto com o braço ao espirrar pode fazer a diferença.

“Os cuidados que temos que ter contra o Coronavírus são aqueles de higiene que precisamos ter durante toda a vida. Tossir e colocar o braço na frente, lavar a mão de vez em quando, os cuidados básicos de prevenção do coronavírus são cuidados de higiene que devemos ter sempre e que sempre funcionam”, ressaltou o pneumologista Renato Matos.

Apesar da quarentena em casa ser algo dito e feito por muitas pessoas que já contraíram o vírus, principalmente em países do exterior, há casos em que isso acaba sendo quase impossível ou ainda mais prejudicial. Há pessoas que não possuem uma situação socioeconômica boa o suficiente para realizar essa quarentena por conta própria, seja por falta de estrutura na residência ou por conviver com muito mais pessoas.

Além disso, em um possível caso em que o Hospital Infantil Joana de Gusmão e o Nereu Ramos, hospitais que estão aptos para internação inicial por Coronavírus em SC, não sejam o suficiente para abrigar todos os internados, o São José se mostra como apto para o procedimento.

“Caso a situação fuja de controle, sabemos que os demais hospitais do estado vão ter esse apoio para receber os pacientes, e o São José tem médicos e equipes capacitadas para isso, tudo que diz o respeito ao cuidado e manejo do paciente adequadamente”, afirmou Rafael.
 

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