Coronavírus: Içara já tem mais do que oito casos, diz prefeito

O número de casos confirmados de coronavírus em Içara saltou nesta segunda-feira, 7, de um para oito. Mesmo com o salto repentino, o prefeito do município afirma que a cidade conta com mais do que oito casos da doença, mas que os demais ainda aguardam pelo exame do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen-SC).

“Nós tínhamos um caso confirmado pelo Lacen, mas já sabíamos de outras pessoas que estavam sob suspeita, aguardando o resultado do Estado mas que já haviam realizado os seus exames por laboratórios particulares, e esses tinham dado resultado positivo. Demorou muito para chegar o resultado e quando chegou foi aquilo que os laboratórios particulares já apontavam”, disse o prefeito.

A demora da chegada dos exames do Lacen, que dura cerca de dez dias para cada realizado, é algo que assusta o município, que pode ter muito mais casos do que atualmente está registrado. “Esses oito casos são tratados como uma novidade, porque foi anunciado de um dia pro outro, mas na verdade já estão superados. Esses oito são de exames realizados há 10 dias atrás, tem mais do que oito. Nove, dez, onze, não sei, mas Içara já tem mais do que oito casos com certeza”, comentou.

Murialdo ressalta a importância do isolamento social e o fato de que a grande maioria da população içarense tem se mantido em casa, mas alerta para a impressão de que algumas pessoas, em todo o país, estão achando que a doença já foi embora, e por isso têm ignorado muitas das orientações. “A doença ainda nem começou e as pessoas já estão achando que passou”, pontuou.

Para o prefeito, as medidas que vêm sendo tomadas pelo governador Carlos Moisés são certas, já que baseadas em recomendações do Ministério da Saúde e da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). “Não é concordarmos com aquilo que o governador está realizando, é o governador concordar com aquilo que a ciência está dizendo”, afirmou.

Apesar de concordar com os decretos de isolamento horizontal adotados em Santa Catarina, assim como o adiamento da abertura de comércios de um modo geral, Murialdo admite que falta movimentações em busca de soluções econômicas para o estado. “O que está faltando é alguém para estudar, na parte de economia, uma maneira que consigamos preservar a estabilidade. Temos que nos inspirar em exemplos bem sucedidos de situações extremamente críticas já superadas pela humanidade”, concluiu.