Criciúma continua sua luta contra a Covid-19. Do primeiro caso registrado, em 19 de março, até os quatro registros desta quinta-feira, 2, a cidade totaliza 21 registros positivos. Em contraponto, como um alento às autoridades, oito já não são mais pacientes, conseguiram recuperação. Mas houve um óbito, o do empresário Evaldo Stopassoli, 73 anos, na última quarta-feira, 1, o que acentuou a preocupação.
Uma segunda morte ocorreu em Criciúma. Foi na tarde desta quinta, uma idosa de 71 anos faleceu no Hospital São José com suspeita de Covid-19. O caso, porém, depende de confirmação via Laboratório Central (Lacen-SC). Ela era residente em Balneário Gaivota.
Por idades
A vítima até aqui confirmada do coronavírus em Criciúma, com 73 anos, encontrava-se na faixa de maior risco, em termos de idade, e também de maior incidência de registros positivos. Dos 21 casos atualmente acompanhados pela Vigilância Epidemiológica local, 62% estão entre os 50 e 79 anos: são 33% dos 60 aos 69 anos, 19% dos 50 aos 59 e 10% dos 70 aos 79 anos. Confira, no gráfico abaixo, a distribuição por faixas etárias:
Do total de 21 pacientes, 57% são mulheres e 43% homens.
Ontem, o segundo dia de maior incidência
Na progressão de casos por dia, Criciúma teve um salto do início da crise, com um caso no dia 19 de março, chegando a seis confirmados no segundo dia, 20. Entre os dias 21 e 25, a variação foi pequena, de sete para nove casos. Chegou a dez registros no dia 26, mantendo uma estabilidade até o dia 29, quando havia 11 casos. O salto começou na segunda-feira, 30, com acréscimos de dois casos por dia, em três dias seguidos, até que o maior acréscimo fosse registrado nesta quinta, somando quatro à conta e chegando a 21, conforme mostra o gráfico abaixo:
Das amostras já coletadas em Criciúma, 95 descartaram contaminação por coronavírus. Dos pacientes em tratamento contra a doença na cidade, três encontram-se internados em UTI, dois são casos suspeitos e um é confirmado. Dos 13 em internação clínica, quatro são confirmados para Covid-19 e nove estão entre suspeitos. Criciúma recebe também pacientes de municípios vizinhos, dos quais registra sete casos confirmados e 26 descartados. Desses, cinco confirmados estão em internação clínica, cinco suspeitos também e um suspeito recebe atendimento em UTI.
Ainda há mais de 100 suspeitos na fila
Criciúma já colheu 232 amostras. Como diagnosticou 21 positivos, curou oito, descartou 95 e houve um óbito, há ainda 107 pacientes criciumenses suspeitos, embora esse número não venha sendo destacado pelas autoridades, por conta da subnotificação. Esse fenômeno - de haver menos registros oficiais do que casos efetivos - foi reconhecido nesta quinta, em entrevista, pelo governador Carlos Moisés. Ele chegou a afirmar que mais de mil catarinenses esperam resultados de exames na fila do Lacen.
Os desafios
Enquanto isso, a quarentena continua em Santa Catarina. Com alguns afrouxamentos pontuais, como na construção civil, que voltou ao trabalho nesta quinta-feira, além dos segmentos essenciais que não paralisaram atividades, como os do ramo da alimentação. Mas há o comércio, na pressão para voltar às atividades por conta da movimentação econômica. O prefeito Clésio Salvaro admitiu nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Som Maior, que vai pressionar o estado para autorizar a reabertura das atividades comerciais.
Nos municípios vizinhos a Criciúma há sete casos confirmados de coronavírus: quatro em Siderópolis, um em Içara, Morro da Fumaça e Urussanga.
Confira, no vídeo, as últimas informações sobre a pandemia de coronavírus em Criciúma e região: