A ação de salvar pessoas que estejam se afogando poderá ganhar um forte aliado em breve. O Corpo de Bombeiros Militar está em fase de testes com uma nova técnica desenvolvida por um profissional do Sul catarinense, para a utilização de drones no envio de boias para as vítimas que estejam na água.
Conforme o comandante do Corpo de Bombeiros de Içara, capitão Renan Fernandes, trata-se de um projeto piloto, ainda não empregado efetivamente nos salvamentos, mas já passando por testes de viabilidade. “Essa nova técnica consiste em usar o drone para levar uma boia até a pessoa que está se afogando, para que a vítima se agarre nessa boia até a chegada do guarda-vidas”, explica.
Seria um primeiro atendimento, seguido diretamente pela intervenção dos profissionais que ficam responsáveis pelos socorros das áreas guarnecidas. “A ideia é que a pessoa se agarre na boia e fique aguardando a chegada do guarda-vidas, que a levará até a faixa de areia para os atendimentos necessários”, completa Fernandes.
O comandante ainda reforça que é um projeto recente, desenvolvido por um cabo do Corpo de Bombeiros, que recentemente passou por um curso de piloto de aeronaves remotamente pilotadas. “Logo depois ele desenvolveu essa técnica que estamos testando. É tão boa que outras praias também estão fazendo o mesmo, como Itajaí, Florianópolis e Balneário Camboriú”, exemplifica.
Implantado na próxima temporada
Em se confirmando sua eficácia, a ideia é que o projeto seja efetivamente implantado como instrumento de trabalho dos guarda-vidas a partir da próxima temporada, quando uma nova Operação Veraneio foi iniciada. “Acredito que, com certeza, a viabilidade é bem possível. Existem algumas limitações, como por exemplo em dias de chuva e vento forte, basicamente como uma aeronave. Mas, sem dúvidas, há condições de empregabilidade e será uma opção a mais, principalmente na questão do tempo resposta, que deverá demorar bastante”, avalia o capitão.
Uso na prevenção
Além dos salvamentos, segundo o comandante, o uso do drone também é estudado para ações que visem evitar que os afogamentos aconteçam. “Trabalhamos forte na prevenção, para que esses acidentes não aconteçam. Por isso, a tecnologia deverá ser empregada, também, para ir até áreas de risco no mar e emitir um anúncio para que os banhistas não fiquem no local”, finaliza.