O Brasil vive uma situação delicada durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. O país já é o que mais tem casos novos confirmados por dia e mais óbitos. Mas estados, regiões e municípios vivem realidades diferentes. Enquanto no sudeste e nordeste o momento é grave, no sul a proliferação do vírus não ocorre na mesma proporção.
"Já morre mais gente por dia aqui do que nos Estados Unidos. Algum tempo atrás diziam: 'Ah mas, morre muito mais gente por infarto, câncer ou AVC'. Agora a Covid-19 já passou e é o que mais mata pessoas", alertou o pneumologista Renato Matos em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, nesta sexta-feira, 29. "Existem diversas projeções que apontam que nas próximas nós sejamos o epicentro do mundo", emendou.
Covid-19 no Brasil:
441.315 casos confirmados
195.473 pacientes recuperados
26.788 mortes
Ainda segundo o médico, a situação no sul de Santa Catarina é mais tranquila. "Tinhamos receio que hoje teríamos uma situação pior. mas tivemos um isolamento mais precoce com boa parte da população que certamente ajudou. Mas as avaliações que são feitas é que ainda não chegamos na situação pior", afirmou.
Até esta quinta-feira, 29, Santa Catarina contabilizava 131 óbitos decorrentes do vírus. "Já estamos numa vida relativamente normal aqui se for comparado com outros estados, temos o problema dos ônibus que tem que se resolvido", afirmou o médico.
O receio era que o número de pacientes com necessidade de leitos de UTI aumentassem consideravelmente, esgotando a capacidade de atendimento. "As pessoas que podem ficar em isolamento devem continuar e quem tiver que sair que mantenha todas as medidas de higiene", recomendou Matos.
Ouça a entrevista do pneumologista no podcast: