Urussanga e Nova Veneza são os municípios que mais chamam a atenção pelo avanço de contaminações pelo novo coronavírus. Nos últimos 10 dias, Nova Veneza saltou de 24 para 47 casos confirmados do vírus e Urussanga subiu de 26 para 56 confirmações. Um aumento de 115% e 95%, respectivamente.
Apenas a região de um distrito de Nova Veneza ainda não possui confirmações. A Vigilância Epidemiológica do município descarta o aumento de casos por conta turismo. Uma festa particular realizada em meados de maio teria sido o espaço que respondeu pela multiplicação de boa parte dos casos na cidade. "Uma pessoa foi contaminada na festa, passou para os colegas de trabalho de uma empresa do município que consequentemente contaminaram seus familiares", explicou o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Abel Ribeiro. "Até hoje está tendo casos resquícios dessa festa", lamentou.
Os restaurantes registraram apenas um caso confirmado até o momento, mas o colaborador também fazia parte do quadro de funcionários da empresa relacionada a festa que foi realizada em maio. "Todos os casos são rastreados e até o momento nenhum é relacionado ao turismo", afirmou Ribeiro.
Uma grande preocupação da Secretaria de Saúde do município é como conter as aglomerações. Um decreto municipal proíbe aglomerações e consumo de bebida alcoólica na praça Humberto Bortoluzzi. Uma barreira sanitária foi montada para orientar os visitantes que chegavam. A aglomeração tem se formado na Barragem do Rio São Bento, ponto turístico que fica localizado em Siderópolis, mas que o principal caminho de chegada é por Nova Veneza. "90% das pessoas que estavam na barragem no final de semana não eram de Nova Veneza", sublinhou o coordenador.
Três óbitos em Urussanga
Além aumento de 115% nos últimos 10 dias, Urussanga também preocupa pela taxa de letalidade. Dos 56 casos, três foram a óbito. O índice de 5,35% é praticamente o dobro da taxa regional e estadual e muito próxima do número nacional que é 5,6%.
Segundo Kaleb Alexandre Gomes, membro do Comitê de Combate ao Covid-19 no município, as três vítimas possuiam comorbidades. De acordo com o médico, Urussanga cresceu repentinamente no número de confirmações pelo aumento de testagem. "Optamos por fazer uma testagem massiva. Temos a mesma quantidade de testes proporcionalmente que Criciúma, que é um município bem maior", apontou.
Nas últimas duas semanas, toda a equipe da Secretaria de Saúde de Urussanga foi testada, os funcionários dos postos de saúde, do hospital e também os bombeiros.
Cidade | 24/5 |
3/6 |
Aumento | Aumento % | Letalidade | Óbitos |
Urussanga | 26 | 56 | 30 | 115,38% | 5,35% | 3 |
Balneário Rincão | 3 | 6 | 3 | 100% | - | - |
Lauro Müller | 1 | 2 | 1 | 100% | - | - |
Nova Veneza | 24 | 47 | 23 | 95,83% | - | - |
Morro da Fumaça | 9 | 14 | 5 | 55,55% | - | - |
Orleans | 23 | 35 | 12 | 52,17% | - | - |
Cocal do Sul | 13 | 19 | 6 | 46,15% | 5,26% | 1 |
Siderópolis | 17 | 22 | 5 | 29,41% | 4,54% | 1 |
Criciúma | 356 | 433 | 77 | 21,62% | 2,07% | 9 |
Forquilhinha | 22 | 26 | 4 | 18,18% | 3,84% | 1 |
Içara | 32 | 35 | 3 | 9,37% | - | - |
Treviso | - | - | - | - | - | - |