Apesar de menos popular que o cartão de crédito, o crediário ainda representa uma parte dos meios de pagamento para bens de consumo de maior valor agregado. Segundo o economista da Fecomércio Pedro Henrique Pontes, é preciso “tomar cuidado para não perder esse grande meio de pagamento”.
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“O carnê é uma forma muito interessante e muito popular de acesso a bens de consumo de maior valor agregado”, frisou o economista. “Os carnês não são aceitos em todas os setores, se você vai em uma padaria, ela não tem carnê. Mas, quando vamos fazer uma compra de maior valor agregado, especialmente lojas de multiuso, móveis e eletrodomésticos, é mais comum”, completou.
Cartão de crédito é principal modalidade de endividamento
Hoje, o cartão de crédito é a principal modalidade de endividamento das famílias. “Quando a gente pergunta para a pessoa se ela tem alguma dívida, cerca de 80% delas falam ‘sim, eu tenho uma dívida e essa dívida é com o cartão de crédito”, ressaltou Pontes.
Por ser menos comum atualmente, o crediário apresenta um índice reduzido. “Quando a gente faz a mesma pergunta em relação à carnê, esse valor cai para 30%. Ou seja, ainda é um percentual considerado elevado, mas não é tão alto quanto o cartão de crédito”, pontuou o economista da Fecomércio.
Seja no comércio ou prestação de serviço, em compras de alto ou baixo valor, o cartão de crédito entrega facilidade de pagamento. Essa agilidade impulsionou as pessoas a optarem sempre pelo cartão em todas as modalidades de pagamento.
“O cartão de crédito acaba sendo uma fonte de renda, tanto emergencial, quanto de renda cotidiana, dos consumidores e isso não acontece só em Santa Catarina, isso é no Brasil todo. O cartão de crédito acaba sendo uma extensão na carteira, o consumidor não quer andar com dinheiro ou pix”, concluiu o economista.