A maior parte das cidades do Sul de Santa Catarina fecharam janeiro de 2024 com a geração de empregos em ritmo melhor do que no mesmo mês de 2023. Em Criciúma, foram 3.581 admissões com carteira assinada e 3.606 demissões, para um saldo positivo de 245 postos de trabalho. Em janeiro do ano passado, o saldo havia sido de 38.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Em janeiro de 2020 e 2021, Criciúma teve saldos positivos de 460 e 256, respectivamente. Mais da metade das demissões registradas na cidade foram a pedido do trabalhador.
"O crescimento positivo na criação de empregos evidencia que estamos no caminho certo para o desenvolvimento econômico e social, proporcionando mais oportunidades para nossos residentes. Estamos empenhados em fomentar um ambiente propício para novos investimentos e para a criação de mais oportunidades de emprego", afirma o prefeito Clésio Salvaro.
Região Carbonífera
Na Região Carbonífera, foram 8.101 contratações e 7.256 desligamentos em janeiro, para um saldo positivo de 845 empregos. Em janeiro do ano passado, foram 202.
"Em janeiro de 2024 foram registrados números positivos no mercado de trabalho formal em Santa Catarina, bem como nas regiões Sul, Carbonífera e no município de Criciúma. Além disso, quando comparado com o mês de janeiro de 2023, o resultado de 2024 expressou saldo líquido maior de empregos gerados", ressalta o consultor da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), economista Alison Fiuza.
Saldo mês a mês na Amrec
A indústria puxou esse número para cima, com um saldo positivo de 484 postos de trabalho, à frente do setor de serviços, que gerou 331. A última vez que a indústria havia liderado a geração de empregos na região ao longo de um mês foi em setembro de 2022.
"O início de ano traz consigo uma demanda maior na produção, o que está diretamente relacionado ao número de empregos gerados ser maior na indústria em geral", analisa Leonardo Alonso Rodrigues, economista e consultor da Acic.
Movimentos impulsionam alta
Segundo Fiuza, o resultado pode ser explicado por dois movimentos. O primeiro está diretamente relacionado a uma sazonalidade do emprego formal em janeiro, reflexo de uma retração maior no mês de dezembro.
"O segundo motivo é que, apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, principalmente por conta de um cenário de incertezas fiscais e juros ainda altos, já temos sinais positivos, como inflação e desemprego em queda, crescimento do consumo em geral e de alguns setores específicos, como o agronegócio", aponta.
As atividades com melhor saldo em janeiro na Região Carbonífera foram a confecção de peças do vestuário e a fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhões. A ocupação que mais empregou foi a de alimentador de linha de produção.