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Criciúma é bicampeão catarinense

Tigre empata em 1 a 1 com o Brusque em jogo decisivo que teve golaço, polêmica, sufoco e emoção

Por Renan Medeiros 06/04/2024 - 18:32 Atualizado em 07/04/2024 - 14:43
Foto: Celso da Luz/CEC
Foto: Celso da Luz/CEC

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O Criciúma confirmou o favoritismo, empatou com o Brusque em 1 a 1 e conquistou o Campeonato Catarinense pela segunda vez consecutiva. O jogo decisivo no Heriberto Hülse teve golaço, polêmica, falha, sufoco e emoção.

Cláudio Tencati mandou o Criciúma a campo sem surpresas: Marquinhos Gabriel assumiu o lugar do lateral-direito Jonathan, lesionado. Assim, Claudinho deixou o meio e voltou à posição de origem. Do lado do Brusque, Luizinho Lopes teve o retorno do melhor jogador do time, o volante Rodolfo Potiguar, que cumpriu suspensão no jogo de ida. 

Gol tricolor no começo

O jogo começou com os dois times se estudando muito, mas o Tigre não precisou chegar ao terço final de campo para abrir o placar.

Logo aos três minutos, o Criciúma fez a bola circular da esquerda para a direita, onde Claudinho se livrou da marcação, cortou para o meio e soltou a bola para Meritão. O volante dominou e mandou uma bomba. A bola passou por um desvio de rota milimétrico ao tocar no zagueiro Ianson e foi morrer no canto esquerdo do goleiro Matheus Nogueira. O arqueiro quadricolor nem teve a ilusão de que chegaria e ficou ajoelhado no meio do gol.

Tigre um a zero.

A sequência do primeiro tempo foi truncada, com o Criciúma administrando mais, mas mantendo alta a marcação. O Brusque melhorou em volume de jogo, mas não foi eficaz na etapa inicial.

Aos 39, na chegada com mais perigo, Dentinho chutou de dentro da área. A bola passou leve pelo lado esquerdo de Rodrigo e Barreto quase em cima da linha, com o ombro, evitou que entrasse. O Brusque reclamou de toque de mão do zagueiro e do volante, mas Ramon Abatti Abel nada marcou. O VAR analisou o lance e manteve a decisão da arbitragem.

O primeiro tempo terminou com o Criciúma tentando manter o resultado.

Brusque empata no começo do segundo tempo

Antes mesmo de completar o primeiro minuto da segunda etapa, o Brusque chegou ao empate.

Rodolfo Potiguar recebeu pela intermediária e deu um belo passe a Alex Ruan perto da linha de fundo pelo lado esquerdo.

O lateral mandou um chute que foi meio finalização e meio cruzamento. A bola tocou no chão um pouco antes de chegar a Gustavo, que falhou. O goleiro, um dos melhores do Criciúma no campeonato, deixou passar entre as pernas. Em cima da linha, Hermes ainda tentou tirar, mas chutou em cima de Gustavo e a bola foi parar lá dentro.

O gol foi anotado como contra de Gustavo. Tudo igual no Heriberto Hülse.

O empate fez o Criciúma sair mais, mas o jogo seguiu equilibrado. Quando o Brusque tinha a bola, o Tigre recuava as linhas. Um vestígio de nervosismo deu as caras.

Aos 20, parte do estádio comemorou. Kayzer girou na entrada da área e finalizou. A bola passou rente à esquerda e movimentou a rede, mas pelo lado de fora.

Tencati deu sangue novo ao time. Barreto, amarelado, deu lugar a Barcia. Eder, cansado, saiu para a entrada de Felipe Vizeu.

Aos 25, foi a vez do Criciúma reclamar da arbitragem. Marquinhos Gabriel foi derrubado na entrada da área por Dionísio, que já estava amarelado. O árbitro anotou a falta, mas entendeu que não foi para cartão. Na cobrança, Marquinhos mandou por cima.

O Brusque quase chegou à virada aos 31. Olávio recebeu na entrada da área pela direita e mandou para o gol. Desta vez, Gustavo fez uma defesa difícil e mandou para escanteio.

Reta final de jogo vira eternidade

Os minutos finais foram de puro sofrimento para a torcida carvoeira. Tencati tirou Marquinhos Gabriel, cansado e amarelado, e colocou Eliedson. Trauco entrou na vaga de Kayzer para reforçar ainda mais o sistema defensivo.

O time do Vale ocupou o campo de ataque. Aos 41, de dentro da pequena área, Olávio cabeceou por cima.

Luizinho Lopes mandou o time jogar a bola na área mais vezes. Fellipe Mateus conclamou os companheiros a subir a marcação, mas não pareceu ser ouvido.

Os seis minutos de acréscimos do segundo tempo se tornaram uma eternidade. O Brusque reclamou de um possível pênalti em Tobias Figueiredo, que estava com o braço aberto dentro da área, mas a dúvida recaiu sobre se a bola foi tocada ou não.

Na sequência do lance, aos 46, Moccelin chutou bonito de fora da área e Gustavo fez uma bela defesa, levantando a torcida do estádio.

Ao fim, Tencati ainda colocou Maia no lugar de Fellipe Mateus para fechar a casinha de vez.

Deu certo. O Tigre segurou o empate e garantiu o título. 

FICHA TÉCNICA - Criciúma 1x1 Brusque

CRICIÚMA: Gustavo; Claudinho, Rodrigo, Tobias Figueiredo e Marcelo Hermes; Barreto (Barcia), Meritão, Marquinhos Gabriel (Eliedson) e Fellipe Mateus (Wallison Maia); Eder (Felipe Vizeu) e Renato Kayzer (Trauco). Técnico: Cláudio Tencati.

BRUSQUE: Matheus Nogueira; Cristovam (Ronei, Luiz Henrique), Ianson, Wallace e Alex Ruan; Rodolfo Potiguar, Serrato (Jhemerson) e Dionísio; Paulinho Moccelin, Guilherme Queiroz (Olávio) e Dentinho (Diego Tavares). Técnico: Luizinho Lopes.

Gols: Meritão, aos 3 do primeiro tempo (Criciúma); Gustavo (contra), a 1 do segundo tempo (Brusque)

Cartões amarelos: Barreto, Marquinhos Gabriel, Rodrigo (Criciúma); Rodolfo Potiguar, Serrato, Dionísio e Luizinho Lopes (Brusque)

Cartão vermelho: Alex Ruan (Brusque)

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