Dos 27 municípios das regiões da Amrec e Amesc, 13 investiram menos de R$ 403,37 na saúde de cada habitante em 2017. Essa foi a média nacional, não atingida por 2,8 mil prefeituras brasileiras no levantamento publicado ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A análise mostra o valor médio aplicado por gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).
Os menores se saíram melhor
Seguindo a tendência nacional, os municípios menores tiveram melhor desempenho na região carbonífera. Treviso investiu R$ 1.363,74 per capita. Cocal do Sul, o segundo, aplicou R$ 516,77. Lauro Müller, o terceiro, R$ 475,46. Seis ficaram abaixo da média do Brasil: Orleans, Criciúma, Urussanga, Orleans, Içara e Morro da Fumaça. O ranking do CFM apontou, ainda, que quatro municípios da Amrec recuaram nos investimentos per capita em relação a 2016: Criciúma (baixou de R$ 460,89 em 2016 para R$ 389,27 em 2017), além de Siderópolis, Orleans e Nova Veneza.
Na Amesc, o melhor foi Ermo, com R$ 1.471,75, seguido por Morro Grande, R$ 1.053,88, e Timbé do Sul, R$ 509,28. Sete investiram menos que a média nacional: Praia Grande, Maracajá, Balneário Arroio do Silva, Sombrio, Jacinto Machado, Santa Rosa do Sul e Araranguá, que teve o pior desempenho de todo o sul: reduziu o repasse per capita à saúde de R$ 262,32 em 2016 para R$ 249,69 em 2017.
Os municípios das regiões Sul e Sudeste do Brasil foram os que apresentaram maior participação no financiamento do gasto público em saúde – consequência, segundo o CFM, de sua maior capacidade de arrecadação.