Nesta segunda-feira, 31, a Rádio Som Maior promoveu um debate entre as duas chapas postulantes às 195 cadeiras no Conselho Deliberativo (CD) do Criciúma Esporte Clube: a Criciúma Mais Forte e Revigoração. A eleição para o CD será no dia 10 de junho. Participaram do debate no Programa Adelor Lessa um representante de cada lado: Marinho Búrigo, pela Revigoração, e Ailton Schuelter, pela Criciúma Mais Forte.
Aproximadamente 500 sócios patrimoniais estão aptos para a votação. Uma vez eleita, a chapa vencedora organiza as 195 cadeiras em disputa e terá pela frente a formação da mesa diretora. Confira as principais propostas e posicionamentos apresentados pela Criciúma Mais Forte no debate:
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Apresentação
Ailton Schuelter iniciou o debate com uma apresentação da Criciúma Mais Forte; negou que haja uma chapa de oposição e outra de situação ao CD. Segundo Ailton, há apenas oposição à mesa diretora, que será formada posterior à eleição dos conselheiros transitórios.
"A Criciúma Mais Forte mantém no quadro muitos dos atuais conselheiros. Não existe hoje chapa de oposição ao CD. Está ocorrendo uma renovação quase que total, nas duas chapas há conselheiros, na nossa chapa são apenas 80 atualmente conselheiros, os demais 140 são sócios patrimoniais novos. Na chapa oposta, imaginamos que os números sejam iguais ou maiores".
Atuação do CD
Uma das plataformas apresentadas pela Criciúma Mais Forte é sobre as diferentes áreas de atuação do Conselho Deliberativo e da diretoria executiva do clube, por meio da presidência. Veja os principais pontos levantados por Ailton Schuelter:
"Fiscalizar os atos da diretoria executiva, ficar de olho nessas ações, apreciar e fiscalizar as contas através dos demonstrativos financeiros, isso é feito todo ano. Aprovar a proposta orçamentária anual e, ao final de cada ano, a executiva elabora o orçamento para o ano seguinte e leva à apreciação do CD", discorreu Ailton, que acrescentou:
"Deliberação sobre assutos envolvendo o patrimônio do clube. Precisamos aprovar em Conselho: uma coisa muito comum nos clubes de futebol é a falta de dinheiro. Para obter recursos, eventualmente a diretoria poderia recorrer ao mercado financeiro, mas exige algum tipo de garantia. Se for a vontade e necessidade alienar um bem do clube, precisa ser aprovado pelo CD", apontou, em seguida afirmando ser favorável à manutenção de todo o patrimônio.
"Eventuais alterações no estatuto social, o CD é quem as promove. Temos as eleições da diretoria executiva, cuidando para que o processo ocorra dentro da legalidade, avaliando as chapas inscritas e fazendo o processo eleitoral", concluiu sobre o tema.
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Alamini nega participação na mesa
Segundo Ailton Schuelter, o atual presidente do CD, Carlos Henrique Alamini, já declarou que não integrará a mesa diretora na próxima gestão do Conselho.
"Hoje a mesa diretora composta por Alamini, Vanderlei e Valcir, eu tenho a posição apenas do Alamini que nega qualquer possibilidade de ascensão à mesa diretora no próximo mandato, é posição formada. Nossa preocupação é a eleição da chapa como um todo e no passo seguinte vamos buscar dentro da chapa os possíveis candidatos à mesa diretora", pontuou.
Contra "aventureiros"
Consta do folder de divulgação da chapa Criciúma Mais Forte a preocupação com "aventureiros" no clube. Ailton negou que seja relacionado à chapa opositora.
"Essa condição de ter colocado aventureiros é a preocupação que temos na preservação do clube, tanto na história futebolística quanto no patrimônio. Não houve alusão à chapa opositora. Queremos preservar o clube de eventuais investidores que podem entrar em clubes, vêm levam o dinheiro e acabam com a história do clube. Durante os últimos anos, tivemos um contrato de gestão com GA que a preocupação do CD sempre foi com a preservação do patrimônio do clube".
Defesa do distrato e ataque à chapa oposta
Ailton Schuelter defendeu as condições do distrato entre a GA e o clube. "O contrato (entre GA e Criciúma) foi apresentado pelo doutor Paulo Miranda, que é da Revigoração, e doutor Juliano, que hoje não está mais no Conselho. Foi todo feito pela Revigoração", apontou.
Ele completou sobre o processo do distrato. "Houve transparência em todos os momentos, nenhuma pergunta deixou de ser respondida a qualquer conselheiro. Foram 15 reuniões de conselho e o distrato foi muito bem organizado e apresentado".
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Relação com o sócio
Schuelter defendeu a abertura do clube aos torcedores e aos sócios nos últimos anos."O clube sempre esteve aberto ao torcedor, permitindo a entrada e a participação nas manifestações, cada qual com a sua forma. A questão de participações ativas dos sócios têm que ser promovida pela executiva e não pelo conselho", apontou.
"Dentro da linha de preservação e participação da sociedade, nunca vi o clube negar-se a isso. O que precisamos é evitar que o patrimônio seja entregue para qualquer tipo de garantia. Temos que preservar para que tenhamos perenidade", completou sobre a abertura do clube às questões sociais.