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Criciúma: Número de novas farmácias aumentou mais de 330% em dois anos

Em 2022, 26 novos estabelecimentos se instalaram no município

Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 24/02/2023 - 17:58 Atualizado em 02/03/2023 - 17:20
Foto: Giovana Bordignon/ 4oito
Foto: Giovana Bordignon/ 4oito

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Basta transitar por Criciúma para perceber que o número de farmácias cresceu de forma estrondosa, especialmente, do último ano até aqui. O aumento expressivo não é apenas regional, mas segue uma tendência em todo o território brasileiro. No país, desde 2020, foram abertos quase 30 mil estabelecimentos farmacêuticos, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Um exemplo é a Rua Dr. José de Patta, ao lado do Estádio Heriberto Hülse, no bairro Comerciário. Na mesma via, existem três farmácias de redes diferentes: a São João e a Catarinense, recém-inauguradas, além da Droga Raia. Em um raio um pouco maior, na quadra da localidade, ainda operam a PagueMenos e a Drogaria Brasil. 

Este não é um fato isolado. Em Criciúma, outras ruas também possuem inúmeras farmácias consolidadas. Mas... muitos se perguntam, o que aquece o setor farmacêutico? A expansão observada, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do município (Sincofarma), Nei Constante, se dá, principalmente, ao aumento natural da demanda. 

Dados mostram crescimento expressivo

Segundo dados do Sebrae repassados com exclusividade ao Portal 4oito, foram abertas seis farmácias em 2020 no município de Criciúma. No ano seguinte, 14 e, em 2022, 26 novos estabelecimentos farmacêuticos. O acréscimo equivale a 333% somente na Capital do Carvão.  

Os números também mostram a abertura de farmácias na Região Carbonífera (Amrec). Em 2020, no total, foram 12; em 2021, 29; e no ano passado, 34 novos estabelecimentos do segmento farmacêutico. 

 "A gente vem prevendo este crescimento das redes de farmácias, há décadas, no mundo inteiro", comenta Constante. "Por exemplo, vai ter, agora, mais três filiais da São João abrindo em Criciúma. Já abriu uma próximo ao estádio, a próxima na Avenida Centenário e mais duas ainda", completa. 

"As redes estão buscando novos mercados, municípios e pessoas. Elas têm que crescer e, em contrapartida, isso afeta, é claro, o desenvolvimento das farmácias independentes, que são as de bairros e pequenas cidades. Mas, é uma situação que não tem como impedir", argumenta o presidente do Sincofarma.

Há a expectativa de que outras redes, que ainda não estão em Cricíuma, se instalem na região. "A São João é uma novidade aqui, assim como veio a Panvel recentemente", frisa. "A tendência é de que outras redes se estabeleçam aqui. E aí, a gente vê farmácias independentes e mais tradicionais fecharem as portas, porque elas não têm condições de competir", explica. 

A evolução dos estabelecimentos farmacêuticos, inclusive, na variedade de produtos, também é um fator positivo. "Quanto maior o seu poder de compra, melhor o seu poder de venda, porque os preços são melhores e mais atrativos. Essa é a tendência. Eu acho que as farmácias mudaram muito, até mesmo as independentes, na questão do atendimento e prestação de serviço", pontua Constante. 

"Farmácia, antigamente, era só para vender remédio"

"Hoje, elas conseguem passar para o consumidor outra mentalidade que antes não se tinha. Farmácia, antigamente, era só para vender remédio. Hoje, não. Tem uma série de serviços que ela presta ao cidadão", ressalta o presidente do Sincofarma. "A farmácia ajudou muito a acabar com a pandemia, porque foi fundamental na questão da oferta de medicamentos, embora a gente tenha passado por uma situação difícil com a falta de remédios. Hoje, existem estabelecimentos farmacêuticos em todos os cantos do país", finaliza. 

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