A média de público que foi ao Estádio Heriberto Hülse para acompanhar os nove jogos do Criciúma em casa até agora no Campeonato Brasileiro é de 2.580 pessoas por partida. Mais do que ser considerado um número baixo, a presença dessa quantidade de torcedores tem acarretado ao clube um prejuízo de aproximadamente R$ 20 mil a cada confronto em que o Tigre é o time mandante.
Isso acontece porque o clube é obrigado a pagar taxas como INSS e um valor de seguro torcedor por cada pessoa que entrar no estádio. Só que, a maioria desse público não é pagante, não compra ingresso, ou seja, a verba declarada no borderô não condiz com a que entra no caixa do Criciúma.
Os custos fixos
“O sócio, por exemplo, paga uma mensalidade que só irá cair na nossa conta no fim do mês. Depois disso é que iremos fazer os cálculos de acordo com o nosso caixa, que reduz esses R$ 20 mil, mas não anula o prejuízo. Ainda tem os aposentados, o pessoal da meia-entrada, aqueles com entrada gratuita, desconto para a federação, policiamento, custos com a arbitragem, delegados e outras coisas”, afirmou o superintendente do Criciúma, Robson Izidro.
Segundo o superintende, para equilibrar as contas e uma partida ser realizada em casa sem que o clube tenha prejuízos, o ideal seria um público acima de cinco mil pagantes. Para isso, o clube tem tentado atrair mais público fazendo promoções de ingressos constantemente. “A gente trabalha com valores hipotéticos. A sorte ainda tem sido o dinheiro da televisão, que ajuda um pouco”, acrescentou Izidro.