Existem veículos rápidos de diferentes modelos e tamanhos, inclusive alguns bem pequenos que podem atingir até 80 km/h em poucos metros e sem motor. Criar uma escuderia, desenvolver uma marca e construir um carro são alguns dos desafios que 12 jovens alunos do Sesi Senai Conecte de Criciúma vão encarar. Entre os dias 15 e 17 de março irão participar da etapa nacional do F1 in Schools, campeonato apoiado pela Fórmula 1 e realizado em diversos países.
“O incentivo da Fórmula 1 é para as crianças ter a base de empreendedorismo e proporcionar novos engenheiros, profissão que tem déficit no mundo todo e mais ainda no Brasil. É um torneio sem fins lucrativos”, explica o coordenador geral do projeto em Criciúma, Cleber Marinho. Os alunos, sete rapazes e cinco moças, dividem-se em duas equipes, a Team Cheetah F1 e a Spark Team F1, únicas de Santa Catarina na competição.
O torneio nacional será disputado por 19 equipes, representando diferentes regiões do país. Ainda não está definido quantas conseguirão classificação para o mundial, que acontecerá em Singapura. A competição brasileira será no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, fazendo parte de um evento maior, com outras competições de robótica organizadas pelo Sesi. A pontuação máxima a ser atingida é 1.000 pontos, envolvendo as análises dos técnicos e a corrida.
“Os carros vão ser analisados por engenheiros e pessoas ligadas a Fórmula 1, os alunos vão dizer porquê e a empresa é boa, explicando a parte de engenharia e também a do marketing. Assim serão divididas em três salas nessa parte do torneio”, conta. “Tem também a corrida. Nessa parte tem duas etapas, uma que é a reação do piloto após as luzes serem apagadas e a outra é o tempo entre a saída do carro e a linha de chegada. É uma corrida de arrancada, com a pista reta, então deverá ter vantagens quanto ao peso do carrinho”, lembra o coordenador.
Como serão os carros?
Desde a construção até a busca por patrocinadores, praticamente tudo é responsabilidade dos alunos. Os carros devem medir entre 17 e 21 centímetros de comprimento, já a pista tem 20 metros em linha reta. A montagem dos veículos do Team Cheetah F1 e da Spark Team F1 ainda não começaram, por enquanto estão analisando as características em um modelo 3D, o processo deve ganhar folego quando eles retornarem das férias, no próximo dia 4.
“O carro desenvolvido pesa 50 gramas e vai ser imanado em um bloco, na impressora CNC, ele tem que ser pensado na questão de peças e tipos de rodas. O carrinho não tem nenhum tipo de motor, serão movidos a CO2, contando com um cilindro de 8 gramas, podendo assim atingir até 80 km/h”, destaca. Na corrida inclusive os carros são presos na parte de baixo por uma linha de barbante, para que não voem.
Expectativa positiva
A competição já foi organizada no país em anos anteriores e mesmo sendo estreantes, Cleber acredita que os times de Criciúma terão bons desempenhos. “Estamos com uma expectativa alta. Temos alguns membros das equipes que já participaram de torneios de robótica. Queremos representar bem Criciúma, já que na cidade os times são bem ligados ao local, quem sabe galgar coisas boas, fazendo bonito e indo para o mundial”, planeja. Até a competição eles seguem em busca de patrocinadores.