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Crise pode apertar caixa das empresas também no segundo semestre

Com a prorrogação de tributos para o fim do ano, empresários devem ficar atentos aos gastos futuros

Por Heitor Araujo 22/04/2020 - 08:12 Atualizado em 22/04/2020 - 08:15
Feriado de Tiradentes teve movimento na Praça Nereu Ramos (Foto: Vitor Netto)
Feriado de Tiradentes teve movimento na Praça Nereu Ramos (Foto: Vitor Netto)

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Aberto o comércio e as atividades retornando aos poucos em Santa Catarina, apesar da presença do coronavírus, as empresas começam agora o planejamento para buscar a normalidade de receitas e do caixa. O período de mais de 30 dias sem funcionamento traz alterações a todos os setores, o que muda o planejamento anual dos empresários.

O consultor de empresas e contador Ailton Schuelter falou para o programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira, 22, sobre os desafios para recolocar as contas em dia. 

"Estamos vivendo uma situação atípica. As empresas fizeram seu orçamento e planejamento e de repente encontram-se nessa situação. A pandemia não elimina as contas, elas chegam e tem que ser feito o pagamento. O governo federal tomou algumas atitudes simples, mas que não atendem a total necessidade das empresas. temos uma gama enorme de tributos e em apenas uma parte foi prorrogado o vencimento", diz Ailton.

Ele lembra que o governo federal prorrogou o pagamento do INSS, FGTS no parcelamento de julho a dezembro e do PIS/COFINS. Outros, como a contribuição previdenciária e o imposto de renda sobre resultado, permanecem com o mesmo calendário. No Estado, o ICMS continua sendo cobrado normalmente. 

Assim, as empresas que não têm condições de arcar com os custos nos próximos meses, segundo o contador, têm duas alternativas de inadimplência. "Ou faço o pagamento ou fico inadimplente. Se ficar inadimplente, faço um eventual parcelamento, que a legislação permite com certas restrições, com consequências de encargo, ou fico inadimplente e corro o risco de sofrer uma execução fiscal, que acarreta em muito mais problemas ao negócio", apontou Ailton.

"Obviamente o governo tem uma equipe técnica trabalhando, provavelmente com previsão de arrecadação muito baixa. A empresa que faturava 100, pode estar faturando 20 ou 30 e isso já representa queda de arrecadação. O nível de inadimplência vai aumentar consideravelmente. Parece que eles vão deixar assim e ver o que conseguem arrecadar. Com a inadimplência alta, as empresas vão procurar fontes para cumprir seus compromissos", acrescenta o contador. 

As particularidades de cada empresa e o fluxo no caixa devem influenciar na tomada de decisão para sair da crise. "O empresário vai ter que avaliar o seu caso em particular, dentro do seu planejamento, para buscar a alternativa que melhor se enquadra em seu caixa. Tudo depende do seu momento. As empresas não podem trabalhar só com o dia a dia. Tem que saber a previsão de caixa para o mês que vem, como fazer para pagar os compromissos de amanhã ou depois. Esses tributos prorrogados para o fim do ano vão vencer de agosto a dezembro, aí no fim do ano vou ter esse imposto retroativo, o imposto do mês e outros compromissos, como por exemplo o 13°", concluiu Ailton. 

Tags: coronavírus

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