Teve gol anulado pelo VAR, pressão, sufoco, casa lotada e emoção. Todos os ingredientes que fazem da Copa do Brasil um sucesso uniram-se para, na noite de ontem, fazer do Cruzeiro o primeiro hexacampeão da história da competição. A vitória por 2 a 1 diante do Corinthians, em plena casa adversária, não apenas proporcionou uma festa ímpar para os mineiros, mas também coroou o melhor time.
O Cruzeiro já vinha de vitória na ida, 1 a 0 no Mineirão. Os 2 a 1 assinalados ontem, embora questionamentos por um ou outro lance de arbitragem, acabaram premiando o time do técnico Mano Menezes. A principal reclamação dos corintianos foi em relação ao gol de Pedrinho, que seria o da virada no segundo tempo e levaria a decisão para os pênaltis.
Não deu para o Timão, que segue tricampeão ao lado de Flamengo e Palmeiras. “Esse título fica para a minha história, com um gostinho especial”, disse o zagueiro Dedé. “Aguentamos bem a pressão deles e soubemos matar o jogo na hora certa”, avaliou o goleiro Fábio. O Cruzeiro desgarrou do Grêmio, que tem cinco taças e, de quebra, tornou-se o primeiro clube a ganhar duas vezes consecutivas a Copa do Brasil. Antes deste e de 2017, a Raposa já havia faturado em 1993, 1996, 2000 e 2003.
O jogo
A partida começou truncada, com muitas faltas. O Cruzeiro criou as primeiras chances e marcou o Corinthians na saída de bola. Thiago Neves teve o primeiro arremate aos 20 minutos. Cássio defendeu. O zero saiu do placar aos 27. Barcos recebeu na entrada da área, limpou de Léo Santos e chutou na trave. No rebote, Robinho mandou para a rede: Cruzeiro 1 a 0.
Dedé, de cabeça, acertou a trave do Corinthians aos 33. O Timão chegou aos 35 com Jadson batendo falta. A bola passou perto do gol de Fábio.
O segundo tempo veio com polêmica. Thiago Neves tocou em Ralf, o árbitro Wagner do Nascimento consultou o VAR e marcou pênalti para o Corinthians. Jadson bateu aos 9 e empatou: 1 a 1. Cássio salvou o Corinthians aos 15, após falta cobrada por Thiago Neves, mas Pedrinho conseguiu colocar na rede para o Timão aos 24. Porém o árbitro anulou após consultar o VAR e verificar falta de Jadson em Dedé.
A Raposa liquidou a fatura aos 36 minutos. Raniel puxou contra-ataque e lançou Arrascaeta, que arrancou e tocou bonito na saída de Cássio: 2 a 1. O Cruzeiro jogou com Fábio, Edilson, Léo, Dedé e Lucas Romero, Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves e Rafinha (Arrascaeta), Barcos (Raniel). A decisão teve um público de 46.571 torcedores e renda de R$ 5,1 milhões.