Os reitores das universidades que compõem a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) conheceram, em primeira mão, o projeto do Programa Faculdade Gratuita nessa segunda-feira (17), em Florianópolis. A proposta deve ser entregue na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nos próximos dias. A expectativa é de que os primeiros alunos, aproximadamente 40%, sejam beneficiados no segundo semestre deste ano. A reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Ceretta, falou sobre o assunto no Plenário da Rádio Som Maior, nesta terça-feira (18).
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"Em síntese, fica um projeto muito adequado às possibilidades de Santa Catarina e às necessidades dos nossos estudantes, da população catarinense e também da capacidade das nossas instituições", afirma. "Dentre as premissas que foram apresentadas, muitas já são conhecidas, a questão do tempo de cinco anos de residência em SC, a margem de renda familiar de 20 salários mínimos para estudantes de Medicina e 10 salários mínimos para estudantes de outros cursos", explica.
Ouça o Plenário na íntegra:
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Após receber o benefício, o profissional deve retribuir com trabalho na rede pública. "Há uma possibilidade do estudante desenvolver ainda durante a graduação, por meio de extensão ou atendimentos que ele pode participar. São quatro horas e meia por semana. Boa parte deles deve fazer após a conclusão de seus cursos de graduação. Fica algo tranquilo para o estudante retribuir ao estado um benefício importante que ele recebeu, contribuir com o desenvolvimento e ter a oportunidade de participar do serviço público", ressalta.
Para ser implantado, o projeto deve ser aprovado na Alesc. A princípio, esse compreende as fundações e autarquias criadas por lei municipal até 1988. Quanto à distribuição de vagas, a proposta segue o mesmo critério do Uniedu de acordo com o número total de estudantes. Para a reitora, o projeto será referência. "A base de alunos beneficiados será aquela que realmente precisa e terá a necessidade de acessar esse recurso", diz.