O vereador de Içara, Márcio Dalmolin (PSD), teve nova sentença desfavorável e novamente decretando a perda de seu mandato. Dessa vez, em processo criminal, na Comarca de Içara. A acusação é por ter usado salário de assessores parlamentares para pagar gastos realizados na campanha de 2012. Ele também terá que pagar 20 salários mínimos a uma entidade de assistência social; realizar 1,4 mil horas de serviços comunitários e pagar uma multa de 56 salários-mínimos por desvio de recursos. A decisão cabe recurso. Até lá, ele permanece afastado do Legislativo.
Além dele, também tiveram sentença condenatória outros quatro assessores. Já o motorista Claudemir Machado foi absolvido.
Valor devolvido ao Legislativo
A sentença do juiz Fernando Dal Bó Martins ainda determina que sejam devolvidos aos cofres da Câmara de Vereadores R$ 17.447,53, com correção. O valor está relacionado a depósitos que teria sido realizados a credores.
Entenda o caso
As investigações tiveram início após a campanha da eleição municipal de 2012 quando Dalmolin se elegeu vereador em Içara. As denúncias partiram do então coordenador de campanha e tiveram vários desdobramentos. O primeiro deles foi a Operação Confidentia deflagrada pelo Ministério Público em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e que originou na primeira denúncia contra o vereador por peculato e crime de lavagem de capitais na Justiça Comum.
Durante a Operação Confidentia se chegou a vários documentos que resultaram em nova investigação da Polícia Federal, dessa vez sobre suspeitas de caixa dois na campanha estadual de 2014. Por último, Dalmolin também responde a processo na Justiça Eleitoral.