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De cada dez empresas de eventos, uma já fechou em Criciúma

Índice preocupante foi confirmado por liderança do setor. Expectativa é pelo retorno efetivo em setembro

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 10/06/2020 - 17:04 Atualizado em 10/06/2020 - 17:07
Promotoras de eventos estiveram na Câmara ontem / Divulgação
Promotoras de eventos estiveram na Câmara ontem / Divulgação

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Um dos setores mais impactados com as medidas de isolamento social resultantes da pandemia de Covid-19, o segmento de promoção de eventos contabiliza prejuízos. 

"Nosso setor é muito amplo. Alguma se realinharam, outras pessoas encontraram outras maneiras para entrar no mercado, para pagar suas contas, mas 10% do setor de eventos já fechou as portas, já demitiu funcionários", contou a empresária Daiane Savi, que possui um estabelecimento e está entre as lideranças do setor em Criciúma. "É isso que está aumentando a cada dia. Fazíamos cerca de 20 eventos por dia. Começamos a ficar preocupados com essas demissões e fechamentos", relatou. "Estamos tentando retomar o quanto antes para as empresas permanecerem abertas", emendou.

Daiane ponderou que, agora, o segmento vê uma perspectiva, a partir dos últimos decretos do governador Carlos Moisés. "Agora estamos mais tranquilos pois tem um decreto que vai até 5 de julho, e temos um alinhamento com o prefeito Clésio Salvaro, tivemos reunião com ele na semana passada, estamos estudando um plano para retomada das atividades em Criciúma", reforçou. 

Sem data para voltar

Mesmo com os contatos com o prefeito, e a liberação que os municípios poderão conceder a partir da primeira semana de julho, ainda não há uma data alinhada. "Não, não existe uma data. A gente está tentando marcar, na próxima semana, com o prefeito Salvaro. Ele já nos pediu na própria reunião sobre o plano, temos que apresentar medidas de prevenção para a volta do setor, para que a gente volte, como Joinville terá retomada em 19 de julho. Conversei com eles, estamos encaminhando para gradativamente voltar às atividades", comentou.

Em participação na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 9, duas representantes do setor citaram que as agendas de eventos foram comprometidas para junho, julho e agosto, com eventos cancelados e já começando a atingir setembro. "Ontem, duas colegas foram na Câmara, o setor de eventos tem várias pessoas e todas têm direito de ir lá e expor que algumas situações já estão caóticas, por muito tempo parados. Estamos retomando as atividades, conversando com o prefeito, vamos à Câmara também para fazer esse apelo e retomar as atividades com toda a segurança possível", comentou Daiane. "Quando envolve casamentos, que requerem público maior, fica a apreensão com relação a convidados. A gente sabe que, na retomada em julho, voltaremos, mas não sabemos a data, voltaremos só que, provavelmente, somente em setembro conseguiremos realmente realizar eventos por conta dos cancelamentos", detalhou.

A expectativa alimentada é que os calendários de eventos estejam efetivamente reestruturados a partir de setembro, para celebrações de maior vulto e reunindo públicos mais numerosos. "Vai voltar, em julho e agosto, com os eventos de última hora e menores, os eventos familiares, em casa. Eventos um pouco maiores, temos a noção que setembro é que poderemos trabalhar junto com os clientes", concluiu Daiane.

Na Câmara

Uma das alternativas especuladas pelas empresárias Graziela Trombin e Nadia Trombin, na tribuna livre desta terça no Legislativo, foi a realização de eventos com metade da capacidade. “A sensação é de que não temos controle, não sabemos quando isso tudo vai acabar. Se houver alguma liberação agora, eventos adiante podem ser planejados para daqui alguns meses ao menos”, lamentou Graziela. 

Elas representaram promotores de eventos, donos de casas de festa, buffets infantis e outros. “O setor tem sentido muito, muito desemprego tem sido gerado. Na minha empresa, os eventos de junho, julho e agosto já foram cancelados”, assinalou Nadia. “Iremos adotar todas as determinações de saúde pública, como a medição de temperaturas, disponibilidade de álcool gel e tapetes higienizadores. Cada empresa teria suas responsabilidades dentro de algo maior que é um evento”, garantiu Graziela.

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