A final da Eurocopa, às 16h deste domingo, em Wembley, terá uma pitada brasileira. Mais precisamente, do Sul de Santa Catarina.
Natural de Imbituba, Jorginho é o dono do meio campo da Azurra. Mais que isso, se tornou decisivo na semifinal diante da Espanha. Foi dele a cobrança de pênalti que colocou os italianos na final - a Itália empatou em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. Mais que isso, neste domingo, os italianos tentam finalmente sair de uma fila que dura desde 1968, quando conquistaram o único título europeu de sua história.
O pênalti decisivo cobrado por Jorginho que colocou a Itália novamente em uma final de Eurocopa:
Nos passos da mãe
Os primeiros chutes na bola foram incentivados, e ensinados pela mãe, Maria Tereza, que atuava no futebol amador.
Dos primeiros chutes na praia, o camisa 8, que nunca jogou profissionalmente em solo brasileiro, decolou e vem de uma série de conquistas: Campeão da Supercopa e da Copa Itália, com o Napoli e da Liga Europa e Liga dos Campeões, com o Chelsea.
Na equipe napolitana, inclusive, Jorginho ganhou visibilidade no país europeu, sendo um dos principais atletas do time formado por Maurizio Sarri. Com cidadania italiana, foi convocado para defender a seleção pela primeira vez em 2016. Anteriormente, o jogador chegou a atuar na base do Brasil, mas optou pela Itália por atuar desde jovem no país.
Com a ida de Sarri para o Chelsea, o brasileiro se transferiu para o clube inglês por 50 milhões de euros (cerca de R$ 230 milhões no câmbio atual), em 2018. Logo na sua primeira temporada em Londres, conquistou o título da Liga Europa sobre o rival Arsenal.
Aos 28 anos, Jorginho foi um dos pilares da conquista do título da Liga dos Campeões pelo Chelsea, em maio deste ano, sendo eleito para a seleção do torneio.
Do outro lado, a empolgada Inglaterra
Há mais de cinco décadas os ingleses não sabem o que é levantar uma taça no futebol. O que pode acabar neste domingo. O último título foi a Copa do Mundo de 1966, quando jogou em casa. Agora, os ingleses tentam, diante da Itália, ficar com a Eurocopa, novamente em seu solo.
Em Londres, o clima de animação foi crescendo ao longo da competição. O estádio de Wembley recebeu cinco jogos dos comandados do técnico Gareth Southgate, incluindo a vitória sobre seu maior algoz, a Alemanha. Empurrada por quase 42 mil torcedores, o triunfo foi celebrado como um título, enterrando o fantasma de perder para o rival em jogos decisivos. Na Eurocopa de 1996, disputada na Inglaterra, por exemplo, uma dolorosa eliminação para os alemães em que o atual técnico inglês perdeu um pênalti decisivo.