Os criciumenses levaram muito a sério o reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel, anunciados pela Petrobras nesta quinta-feira (10). Com a previsão de que os novos valores alcancem as bombas no amanhecer desta sexta (acréscimos de ao menos 65 centavos na gasolina e 90 centavos no diesel), a maioria não quis perder tempo. Foram para os postos encher o tanque.
Eram 18 horas e as filas já começavam a pipocar em toda a parte. Nos postos maiores, os carros conseguiram se acomodar nos pátios. Mas nos não tão grandes, as ruas deram lugar para as filas. "Tem gente enchendo galão com gasolina aqui também", contou Julcemar Custódio, que esperou cerca de 40 minutos na fila em um posto na Vila Zuleima no início da noite.
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Os revendedores ainda não garantem que amanhecerão a sexta-feira com os preços reajustados. Mas nada é descartado. Muitos deles estavam atônitos com o anúncio do reajuste. "Levando em conta que, poucas horas antes desse aumento, já havíamos comprado gasolina 45 centavos mais cara o litro lá no distribuidor. Será que é um aumento do aumento?", indagou o empresário Beto Benedet, proprietário de postos em Criciúma.
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"Até pensei em deixar para ir de manhã, mas fiquei com medo de arriscar e pagar mais caro. E com esse aumento todo, vai ficar bem mais caro encher o tanque", analisou Nelson Prado, morador do Comerciário e que correu até um posto da Avenida Centenário para abastecer pouco depois das 20h. Ele encarou 30 minutos de fila.
E tudo isso com outra companhia: a chuva. Ela veio com força depois das 18h40min, mas não intimidou quem precisava abastecer. "Aqui na Pedreira fizeram fila que foi até a estrada", contou o professor Vidal Santos. Ele citou, e enviou foto comprovando, a situação de um posto na SC-445, no Balneário Rincão. O acostamento da Rodovia Paulino Búrigo precisou ser utilizado pelos muitos motoristas que esperavam a vez de chegar na bomba. A espera ali girou em torno de meia hora também.
A chuva alagou um cruzamento tradicional de Criciúma. O encontro da Rua Abílio Paulo com o ponto onde termina a José De Patta e começa a Dolário dos Santos, a poucos metros do Corpo de Bombeiros. Nem o lagoão formado em poucos minutos em seguida das 19h impediu os condutores de passarem por ali para ter acesso a um posto localizado dois quarteirões adiante.
Mas teve quem deixou para abastecer na sexta-feira. "Eu vou esperar", afirmou Walter Canteiro, morador do Morro Estevão. Ele parecia mais preocupado com a chuva. Compartilhou vídeos do momento da chuva mais intensa. De casa, filmou a chuvarada, as rajadas de vento, os raios e as trovoadas.
Confira mais detalhes na cobertura que o 4oito fez Minuto a Minuto no início da noite: