Um alerta pelo que ainda pode ser salvo e uma exaltação ao potencial renovador da natureza. Foi a partir dessas máximas que o Jornal A Tribuna conquistou a etapa regional do Prêmio IMA de Jornalismo Ambiental, a principal premiação do gênero que reconhece as melhores reportagens produzidas e publicadas por veículos de imprensa de Santa Catarina.
Em “Uma gigante pede socorro”, as jornalistas Francieli Oliveira e Francine Ferrreira proporcionam um minucioso passeio pela maior lagoa de água doce de Santa Catarina. A reportagem, destacada na categoria Mídia Impressa, adverte para os riscos que enfrenta a Lagoa do Sombrio, que abrange cinco municípios do sul catarinense e que, a cada dia, vê reduzir sua superfície de água.
Em “O Rio Criciúma ainda respira”, o jornalista Guilherme Hahn venceu a etapa regional em Fotojornalismo ao clicar a nascente do Rio Criciúma para compor matéria publicada na edição de 2 de outubro.
Os campeões regionais, entre os quais A Tribuna, disputam a fase final do prêmio no dia 4 de dezembro em Florianópolis. A premiação é uma iniciativa do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Vamos salvar a Lagoa do Sombrio?
É com esse convite que A Tribuna intima o sul a se incorporar na luta pela Lagoa do Sombrio, conforme publicado em 22 de março. Aquela edição fazia menção ao Dia Mundial da Água. Com quase quatro décadas de vida nas margens da lagoa, Santelmo Ferreira, 64 anos, foi o personagem que encarnou o nativo, que viveu as glórias passadas de águas fartas. Chegou a lembrar um dia de, com suas redes, ter capturado mais de 150 tainhas.
“Como essa lagoa era limpinha, água clarinha”, lembrava, com saudades, o velho pescador. O especialista em gestão ambiental Edmilson Collares assinava embaixo das preocupação de seu Santelmo, apontando para a poluição e drenagens predatórias com agentes que transformaram o ambiente. Na década de 60, a lagoa contava 54 km2. Agora, são 51. A lagoa compreende os municípios de Sombrio, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Passo de Torres e Balneário Gaivota.
O futuro do Rio Criciúma
No final de setembro a prefeitura de Criciúma iniciava, com a Unesc, estudos para um diagnóstico ambiental sobre o Rio Criciúma. A meta, avaliar margens, áreas de risco, definir metragens para construções no entorno e determinar Áreas de Preservação Permanente (APPs).
“Depois esse levantamento será apresentado ao Ministério Público e deverá virar lei”, anunciava a secretária de Infraestrutura do município, Kátia Smielevski, na edição de 2 de outubro de A Tribuna.
Para ilustrar a abordagem sobre o futuro do rio, o jornalista Guilherme Hahn foi até o Criciúma Clube clicar a nascente. É inacreditável para muitos criciumenses que exista, em área central, o brotar de água límpida e cristalina que, metros adiante, vai se transformar em um apodrecido canal enclausurado em comportas subterrâneas de concreto.
Confira abaixo as páginas da reportagem de A Tribuna finalista do Prêmio IMA.