O ano de 2020 foi histórico para os rizicultores da região com a safra recorde. Os bons resultados fazem com que estes produtores mantenham-se animados para a nova colheita que está começando agora.
Até o momento, 15% a 20% da área cultivada foi colhida, mas o trabalho deve se intensificar nas próximas semanas. “Estão sendo colhidas as lavouras que foram plantadas mais cedo, antes do período das chuvas que atrapalhou um pouco. Estas lavouras estão com um desempenho muito bom, produtividade muito boa. Vimos a movimentação dos produtores se encaminhando para a colheita. Muitos estão esperando o tempo ficar firme para avançar. Nas próximas duas, três semanas deve haver uma intensificação, daí entram as lavouras que foram cultivadas mais tarde, onde se incluem aquelas que tiveram o problema da chuva que se abateu no período da floração”, fala o Engenheiro Agrônomo e coordenador do Projeto Arroz no Sul Catarinense da Epagri, Douglas George de Oliveira.
Com cerca de 80 mil hectares, Amrec e Amesc são responsáveis por mais da metade da produção catarinense. “A safra do ano passado foi recorde na região, então em função do clima deste ano é de se esperar que a media sofra redução com relação a 2020. Trabalhamos com expectativa de 4%a 5% menos produção que no ano passado. Vamos continuar acompanhando e atualizando estes valores e, o final da safra, a Epagri faz todo o levantamento da produção para definir de fato quanto foi colhido”, salienta.
Produtores animados
Mesmo prevendo esta queda na produtividade, os produtores estão animados com a nova safra. “Se a gente comparar que no ano passado foi a maior safra da história, se colher um pouco menos, ainda assim estaremos acima da média dos últimos dez anos. Os insumos, principalmente aqueles comprados a dólar tiveram, aumento, mas o preço do arroz está animador, custando em torno de R$ 92 por saco. É claro que com o começo da colheita, o Rio Grande do Sul iniciando a sua, que o preço deva cair um pouco, mas, mesmo assim, fica em um patamar superior ao ano passado, média superior a R$ 80, mas isso é claro, são expectativas”, cita.
Em 2020, a média foi de 8,4 quilos por hectare ou aproximadamente 170 sacos, o que significa um aumento de 13% em relação à safra do ano passado. Amrec, Amesc e Amurel são as principais regiões produtoras do estado, concentrando 65% da área de produção de Santa Catarina, com mais de 99,6 mil hectares.
A região de Criciúma foi a que apresentou maior produtividade em 2020 com 175 sacos por hectare, um crescimento de 22% em relação a 2019. A segunda foi Araranguá, com 172 sacos por hectare, 15% a mais que no ano anterior e Tubarão teve 156 sacos por hectare, crescimento de 5%.