Neste sábado, 17, além do Verão Mais Unesc na orla do Balneário Rincão, também haverá uma “aula” sobre águas-vivas. A mestre em Ciências Ambientais, Mainara Figueiredo, falou sobre o assunto. De acordo com ela, as pessoas podem acreditar que só existe um tipo deste animal, mas não é bem assim.
“É um projeto que vem desde 2016, para conhecer as espécies de água-viva, quando falamos nelas, parece que é a mesma coisa, mas dá para perceber pelo tamanho e pela colocação, como aquelas mais vermelhas e aquelas branquinhas”, contou. A mostra de águas-vivas também acontecerá no próximo fim de semana.
Neste momento, muitas estão sendo encontradas na praia, o que acontece devido a alguns motivos específicos. Segundo ela, não tem espécies que causam mortalidade rápida no Brasil, mas isso existe na Austrália.
“O período de reprodução delas é no verão, a temperatura da água ajuda aumentar a reprodução, assim como a influência da maré e dos ventos, podendo trazer mais do interior do mar para a costa. Tem um fator sendo estudado, dizendo que com a poluição tem mais algas, assim os peixes vem para a costa e elas seguem os peixes”, comentou.
Quem visitar o espaço montado pela Unesc no Rincão poderá conhecer diferentes tipos de águas-vivas. Além delas, outros animais parecidos, como caravelas. “É um dos mais tóxicos do grupo, causando acidentes piores, não temos muitos registros, mas ela tá por aqui”, contou.
O protetor funciona?
Nesta temporada surgiu um protetor que promete reduzir os problemas causados pelas águas-vivas.
“A ideia é bem interessante, cria uma película protetora da pele, assim quando a água-viva encosta o tentáculo, ela vai disparar uma célula que ela tem, que é a toxina. É mais ou menos o que o peixe-palhaço tem, o Nemo, criando um muco sobre a pele, que impede que essa substância seja liberada”, comentou.