O desassoreamento do Rio Sangão, em Forquilhinha e Criciúma, está cada vez mais perto de se tornar realidade. Em uma reunião na noite desta segunda-feira (21), moradores da localidade e autoridades da região debateram detalhes do projeto para dar andamento à obra, que custará aproximadamente R$ 7 milhões.
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Serão oito quilômetros de extensão de desassoreamento e 200 mil metros cúbicos de rejeitos retirados do Rio Sangão. A obra deve levar cerca de seis meses para ser concluída. As fortes chuvas ao longo deste ano reacenderam o problema e, com isso, a insegurança das pessoas que vivem na localidade à mercê das consequências do tempo.
"Quando eu assumi o Governo Municipal, fui procurar a Promotoria do Ministério Público Federal, através do doutor Dermeval. Coloquei para ele o sofrimento daquelas famílias, que já têm muito pouco e, com as cheias, perdem aquilo que têm. Ele me orientou que devíamos fazer um projeto", relembra o prefeito de Forquilhinha, José Claudio Gonçalves, o Neguinho.
A prefeitura, então, arcou com os custos do projeto, cerca de R$ 140 mil. "A empresa fez todo um levantamento e concluiu que é preciso tirar cerca de 1,5 metro de profundidade de rejeitos no Rio Sangão, em um percurso de oito quilômetros. Isso dá 200 mil metros cúbicos, que serão retirados de dentro da água por uma retroescavadeira hidráulica, não às margens. Esse material será colocado em sete depósitos provisórios até secar", explica Neguinho.
O prefeito ainda comenta que duas vistorias, uma de helicóptero e outra de bote, ajudaram a identificar os problemas do Rio Sangão. "Eu pude verificar que muitos entulhos são colocados pelas pessoas. Sofás, cadeiras, garrafas pet, liquidificadores velhos, enfim, a comunidade jogando lixo. Também há entulhos de rejeitos piritosos, que eu já comuniquei ao MPF", acrescenta.
Em setembro, o projeto para desassoreamento do Rio Sangão foi protocolado junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA). "Assim que nós recebermos a autorização, iniciaremos a obra", afirma o prefeito de Forquilhinha. Os trabalhos contemplam também o trecho do município vizinho. "Tão logo a gente inicie a execução, eu vou cobrar a participação financeira ou alguma medida compensatória de Criciúma, já que estamos com os recursos garantidos", finaliza Neguinho.