Trabalhando com políticas que melhorem a vida em sociedade, a Secretaria de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Renda de Içara, por meio da Vigilância Socioassistencial do município, realizou a apresentação de um diagnóstico que mostrou dados de violência contra a mulher, que aconteceram nos últimos meses.
O trabalho iniciou após uma visita técnica realizada pela Vigilância Socioassistencial ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), em que são atendidas famílias em situação de risco social e/ou que tiveram os direitos violados.
No trabalho, verificou-se que o CREAS estava recebendo cópias de boletins de ocorrência da Polícia Civil do município, e com isso, Vigilância e CREAS analisaram as informações adquiridas entre junho a dezembro de 2018 por meio de 124 dos 395 boletins de ocorrências de violência contra a mulher registrados em Içara.
De acordo com a secretária de Assistência Social, Habitação, Trabalho e Renda, Fabiana do Amaral, apresentar esses dados reforça o compromisso de trabalhar para diminuir esse tipo de ocorrência. "Infelizmente a violência a contra mulher acontece em todo o país, e é mais que necessário se fazer algo para diminuir esses números", comentou.
No relatório produzido, constam informações da metodologia de produção, sistematização e análise de dados, apresentações gráficas, resultados obtidos e de proposições de ações. Informações da Polícia Militar, Polícia Civil e do CREAS também foram enviadas pela Comissão Municipal em Defesa da Mulher Vítima de Violência.
Vítimas são as que mais denunciam
Entre os números apresentados, dos 124 boletins de ocorrências analisados, o número de registro espontâneo registra 108, seguido de denúncias nas categorias outros (10); Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso – DPCAMI de Criciúma (04); anônima e Delegacia Virtual com um registro cada.
Outro ponto analisado pela equipe está no local em que acontecem as agressões. Das 124 analisadas, 110 acontecem na própria residência da vítima. Os demais valores obtidos nesta categoria foram: comércio local (03); via pública (03); residência do agressor (02); repartição pública (02); na empresa (01); no local de trabalho (01); via telefone (01) e nada consta (01).
Ainda foram analisados a descrição do fato analisado, qualificação dos participantes, número de BOs por faixa etária, naturalidade da vítima, estado civil, grau de escolaridade, profissão, bairro, solicitação de medida protetiva, suposto agressor, além de bairros e grau de escolaridade do agressor.
Ações previstas
Após a apresentação dos números, a equipe reunida mostrou um panorama da situação analisada e um indicativo de ações, pensando em contar com um grupo de apoio, informar a população sobre isso e também levar demandas de Içara para o Colegiado Regional de Gestores de Assistência Social.
"Essas formas abordadas de combater a violência são importantes para que seja criada uma rede visando colaborar com uma cultura de paz", comentou o prefeito Murialdo Canto Gastaldon.