Integrando a programação paralela da ExpoMais 2022, os Diálogos promoveram trocas, entregaram conteúdo de qualidade e tiraram dúvidas dos participantes. Um dos temas abordados foi a Transição Energética Justa, assunto em alta desde janeiro de 2022, quando foi sancionada a Lei 14.229, que criou o Programa de Transição Energética Justa.
Um prazo de 18 anos foi estipulado para que a região Sul do Estado possa se preparar e substituir o uso de combustíveis fósseis na geração de energia elétrica. Pedro Litsek, CEO da Diamante Geração de Energia, gestora do Complexo Jorge Lacerda, foi um dos participantes e lembrou que a região gera 20 mil empregos diretos relacionados ao carvão mineral.
Portanto, embora latente, a transição energética deve ser feita com cautela, reduzindo os impactos socioeconômicos. "Ela precisa ocorrer, mas não pode ser feita à custa de desequilíbrio social", pontuou Litsek.
O presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, José Magri, também participou do Diálogo e reforçou sobre a importância de discutir possibilidades para reduzir o uso de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão, por exemplo, principais causadores do efeito estufa. "Precisamos encontrar alternativas para o uso de combustíveis ou tecnologias que auxiliem a reduzir a emissão ou concentração dos gases", explicou.
Também foi convidado ao debate o representante do Governo de Santa Catarina no Conselho Nacional de Transição Energética Justa, Anderson Miguel Chaves de Cordeiro, que explanou sobre o Plano de Transição, sob responsabilidade do Conselho, com ações, indicação dos responsáveis dentro das competências de cada parte, prazos e, quando couber, fontes de recursos.
Inovação e Tecnologia
A professora doutora Débora Oliveira da Silva comandou o Diálogo sobre Inovação e Tecnologia e apresentou exemplos práticos de como metodologias ágeis e transformação digital podem fazer diferença e impulsionar as empresas.
Segundo ela, quando falamos de inovação, algumas palavras vêm à nossa mente, como tecnologia, melhorias, mudança de mentalidade. "Só não podemos nos limitar acreditando que só inovamos se tivermos muita tecnologia ou recursos em mãos", alertou a especialista.
"Inovação é fonte de vantagem competitiva, é mais do que tecnologia, não depende somente de pesquisa e desenvolvimento, é fruto de trabalho sistemático, processo organizável e gerenciável", destacou Débora.
O Diálogo contou ainda com as presenças do professor doutor Daniel Pacheco Lacerda; do diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Aldinei João Potelecki; e do presidente do comitê de implantação do Centro de Inovação de Criciúma – CRIO, Valmir Cabral.
Realizada na Associação Empresarial de Criciúma de 8 a 10 de novembro, a sexta edição da ExpoMais teve apresentação de Sicredi e Diamante e contou com a cocriação de (Acic), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Esucri, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) campus Criciúma, Prefeitura Municipal de Criciúma, Satc, Sebrae, Senac, Sesi/Senai, Unesc, Unibave e UniSul.