Após uma semana tensa, em que o mercado financeiro esteve pressionado, a bolsa de valores se recuperou e fechou a sexta-feira, 8, novamente na casa dos 80 mil pontos. O dólar, após bater R$ 5,87 ao longo da semana, encerrou o último pregão antes do Dia das Mães sendo vendido a R$ 5,73.
Para esta semana, a expectativa é pela divulgação dos indicadores da economia, o resultado das empresas brasileiras e a sanção da lei de auxílio a estados e municípios pelo Governo Federal. "Entre os indicadores, tem o de vendas no varejo, de serviços. Nesta terça-feira também tem a divulgação da ata do Copom, para sabermos o que eles pensaram ao reduzir o juro 0,75%. O mercado procura dicas para os próximos passos. Se acredita que o Banco Central pode cortar novamente o juro em junho", comentou o economista Lucas Rocco.
O alinhamento do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Economia Paulo Guedes em relação ao veto do reajuste salarial do funcionalismo público acalmou os ânimos dos investidores. "O mercado fica de olho se o Bolsonaro irá cumprir a promessa de vetar esse trecho do projeto. Isso é um ponto importantíssimo, muitos acreditam que tem a haver com a presença de Paulo Guedes no governo", aponta Rocco.
O ministro afirmou em uma live realizada pelo Itaú no sábado, 9, se o presidente manter o veto, a economia brasileira consegue se estabilizar já no próximo ano. "Se o presidente vetar esse aumento, como disse que vai fazer, o déficit fiscal extraordinário por conta das medidas para combate à pandemia fica restrito a este ano", afirmou Paulo Guedes.
Na divulgação de resultados das empresas, os resultados mais esperados são da Petrobras e da Via Varejo. "Mais de 100 empresas irão trazer seus números. A Petrobras deve apresentar um desempenho fraco por conta do preço baixo do petróleo e a queda na produção ocasionada pela paralisação de algumas plataformas. Entre outras tem a Suzano, Brasil Foods, Carrefour, Pão de Açucar, bastante interesse do mercado em ver os resultados da Via Varejo, principalmente na parte do e-commerce", projetou o economista.