Na expectativa para um novo corte de juros na taxa Selic pelo Banco Central, o dólar voltou a disparar e fechou a quarta-feira, 22, sendo vendido a R$ 5,40. Uma alta de 1,88%. É o maior valor já registrado na moeda nominalmente, sem considerar a inflação.
De acordo com o economista Lucas Rocco, dificilmente a situação irá mudar a curto e médio prazo. "O dólar do Bolsonaro é esse que a gente está olhando na tela. Todo mundo já sabe que ele é o presidente, todo mundo sabe que é um governo que gasta menos, mas isso não quer dizer que o câmbio vem para baixo. O câmbio está sempre operando em todas as variáveis possiveis, locais e internacionais", explicou Rocco.
O momento é de adaptação a nova realidade, que foi ainda mais afetada pela pandemia de coronavírus que atinge todo o mundo, além do colapso no preço do petróleo, uma das fontes de arrecadação do Governo Federal. "Estamos mais para o dólar na casa de R$ 5, R$ 6, R$ 7, do que para R$ 2, R$ 3", comentou. "Quem trabalha com importação tem que se proteger. Não podemos ficar na mão do mercado, porque ele judia de quem fica na mão dele", emendou o economista.
O Ibovespa teve uma alta de 2,17% nesta quarta-feira e fechou na casa dos 80 mil pontos, marca que não era alcançada desde início de março.