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Dólar fecha a R$ 5,74 e tem maior alta semanal em nove meses

Bolsa sobe 0,91% com ajuda de commodities

Por Redação Brasília, DF, 27/03/2021 - 10:40
Foto: Divulgação
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Em um dia de bastante volatilidade no mercado financeiro, o dólar subiu para R$ 5,74 e encerrou esta sexta-feira (26) com a maior alta semanal em nove meses. A bolsa de valores subiu 0,91%, embalada pelo desempenho das commodities (bens primários com cotação internacional).

O dólar comercial fechou a semana vendido a R$ 5,741, com alta de R$ 0,071 (+1,25%). A divisa operou perto da estabilidade durante a manhã, mas firmou a tendência de alta ao longo da tarde. A cotação está no maior valor desde o último dia 9, quando tinha fechado a R$ 5,79.

A moeda norte-americana encerrou a semana com alta de acumulada de 4,67%, na maior valorização semanal desde meados de junho do ano passado. Nesta sexta, o dólar subiu perante a lira turca e o peso chileno, mas recuou ante o rublo russo e o peso mexicano.

As tensões do câmbio não contaminaram o mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta sexta-feira aos 114.781 pontos, com alta de 0,91%, com ganhos pelo segundo dia seguido.

A valorização das commodities no mercado internacional beneficiou as ações da Petrobras e da mineradora Vale, que são as mais negociadas no Ibovespa. Apesar do desempenho de hoje, o indicador encerrou a semana com queda de 1,24%.

Fatores domésticos e externos criaram tensão no mercado nesta sexta. A aprovação do Orçamento de 2021 ontem (25) à noite pelo Congresso provocou dúvidas em relação a eventuais brechas para violar o teto de gastos neste ano. Em contrapartida, o Banco Central não interveio no câmbio hoje, deixando o dólar flutuar livremente.

No cenário internacional, o recrudescimento da pandemia de covid-19 em diversos países da Europa, o bloqueio do Canal de Suez e a alta no rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a pressionar o mercado. Taxas mais altas nos papéis do governo dos Estados Unidos, considerados os investimentos mais seguros do mundo, estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.
 

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