O mercado financeiro se recuperou do grande impacto sofrido na sexta-feira, 24, com a polêmica entre Sergio Moro e Jair Bolsonaro. O dólar teve a maior queda diária registrada dos últimos dois anos, já a bolsa de valores marcou a segunda alta consecutiva, ultrapassando novamente a marca dos 80 mil pontos. O dólar encerrou a terça-feira sendo vendido a R$ 5,51, recuo de 2,59% ou R$ 0,14. Já o Ibovespa subiu quase 4%.
De acordo com o economista Lucas Rocco, a reação positiva veio com segurança passada de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, continua no cargo. "O mercado amenizou o susto de sexta-feira. Havia uma apreensão que a situação do Moro poderia chegar no Paulo Guedes. Aquele evento já foi apagado e vida que segue", comentou o economista. "Inclusive, Paulo Guedes recebeu um afago do governo ontem com o congelamento do programa Pró-Brasil, que geraria um gasto absurdo. O ministro sabe da dificuldade de caixa que o país tem", contou Rocco.
Paulo Guedes tem sinalizado que o governo prevê o congelamento dos salários dos servidores públicos federais. "Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego. Não! Eles vão colaborar, eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo", falou o ministro em conversas com jornalistas nesta segunda-feira, 27.
Trump preocupado com o Brasil
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, que está acompanhando de perto a situação do novo coronavírus no Brasil e definiu como um "surto sério". Com 59 mil óbitos no país, Trump afirmou em conversa com o governador da Flórida que se for necessário irá suspender os voos oriundos do Brasil como medida para evitar ainda mais a proliferação do vírus.
Na última semana, a embaixada dos EUA no Brasil afirmou em nota que "os cidadãos dos EUA que desejam retornar ao país devem fazer acordos de vôos comerciais o mais rápido possível, a menos que estejam preparados para permanecer no exterior por um período indeterminado".