A Câmara de Vereadores de Criciúma terá nova composição a partir de segunda-feira. No fim da tarde de sexta-feira, o vereador Allison Pires (PSDB) protocolou pedido de licença de quatro meses e assumirá em seu lugar o suplente Edson Aurélio (PSDB).
A saída de Doutor Allison começou a ser desenhada na última segunda-feira, quando o parlamentar se absteve de votar no projeto de lei de autoria de Zairo Casagrande (PSD), que pedia a exoneração de pagamento de Cosip para os condomínios. O governo era contrário ao PL e o voto neutro de Pires não foi bem recebido pelo prefeito Clésio Salvaro.
Antes de o pedido de Doutor Allison ser protocolado, os secretários Arleu da Silveira (de Governo) e Roseli de Lucca (de Educação) chegaram a pedir o seu retorno ao Legislativo. Arleu foi o vereador mais votado do partido e Roseli era a primeira suplente, mas ambos deixaram suas vagas para assumir cargos no Executivo. Caso os dois voltassem, Allison obrigatoriamente sairia.
“Nós iríamos voltar para Câmara, mas como o Doutor Allison pediu a licença de quatro meses, não foi mais necessário. Tanto eu quanto o secretário Arleu vamos permanecer nas nossas secretarias”, garantiu Roseli, que é também presidente municipal do PSDB em Criciúma.
Doutor Allison foi procurado pela reportagem para comentar o caso, mas não atendeu aos contatos realizados.
Mais divergências
Outros dois vereadores tucanos também não votaram com o governo no PL da última segunda-feira. Júlio Kaminski e Dailto Feuser foram favoráveis ao projeto de lei, porém os dois foram eleitos para Câmara de Vereadores nas Eleições de 2016, não são suplentes, como é o caso de Doutor Allison.
Kaminski, inclusive, chegou a entrar com ação na justiça eleitoral para sair do partido sem perder o mandato, mas não teve o pedido atendido. Posteriormente, a executiva do PSDB liberou seus vereadores para mudar de sigla sem perda do mandato.
A bancada tucana na Câmara de Criciúma tem, ainda, a vereadora Geovana Zanette, eleita em 2016, e Marcos Meller, terceiro suplente que ocupa a cadeira deixada por Moacir Dajori, que teve o mandato cassado.