Duas histórias de longevidade mais prevenção

Flávio Spillere, 90 anos e Zeferino Dal Toé, 78, são concunhados e amigos. Em comum, os filhos médicos e o hábito da prevenção. “Cheguei a uma idade avançada graças aos exames preventivos”, assegura Flávio. Zeferino conta que sempre praticou atividades físicas, entre elas os exercícios com bicicleta e as caminhadas. Um estilo de vida saudável. No entanto, aos 65 anos, durante exames médicos de rotina, ele descobriu um câncer de próstata. “O diagnóstico precoce possibilitou o tratamento e hoje levo uma vida normal”, afirma Zeferino, aliviado. 

“A falta de informação intimida muitos homens à prevenção e, por conseqüência, ao diagnóstico precoce”, conta o médico radiologista Flávio Spillere Júnior, o filho do seu Flávio. A tecnologia é uma importante aliada na prevenção. “Na Cliniimagem fazemos o ultrassom de próstata via abdominal ou transretal, basicamente para avaliar tamanho da próstata”, observa o também radiologista Maurício Meller Dal Toé, o filho do seu Zeferino. “E oferecemos a tomografia computadorizada, utilizada quando já tem um diagnóstico de câncer de próstata, para avaliar se invadiu estruturas adjacentes ou se há lindonodomegalias, mais a biópsia de próstata guiada por ultrassonografia, normalmente solicitado quando paciente tem alto nível de PSA ou nódulo suspeito na palpação pelo toque retal”, complementa Roberto Schulz Filho, da mesma forma radiologista. “Mas lembramos que o importante é se cuidar, procurar o médico urologista e fazer o diagnóstico precoce”, emenda Maurício.

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a recomendação é que homens a partir de 50 anos devem iniciar a prevenção por meio de exames com periodicidade anual (toque retal, digital e dosagem sérica de PSA), salvo em casos de fatores de risco (história familiar positiva). A cura, em caso de descoberta precoce corresponde a 90%, diferente daqueles descobertos quando já há manifestação de sintomas, o que provavelmente denota doença localmente avançada.